Em janeiro deste ano apenas 34,4% das dívidas de empresas inadimplentes foram recuperadas; débitos contraídos no setor de varejo tiveram nível expressivo de pagamento
Por: Viviane Garcia
São Paulo, 10 de maio de 2022 – Em janeiro deste ano, o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian registrou que a quitação de débitos feita por empresas inadimplentes continua desacelerando. O montante de dívidas pagas em até 60 dias após o mês de negativação foi de apenas 34,4%, percentual que revela o pior desempenho desde dezembro de 2019, quando o índice marcou 32,5%. O indicador também apontou que as dívidas contraídas no segmento de varejo possuem um nível expressivo de recuperação, superando a média geral, com 39,3%. Veja os dados completos nos gráficos abaixo: |
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Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os empreendedores seguem encontrando dificuldades para retornar aos níveis pré-pandemia. “O cenário econômico instável, de crescente inflação e alta da taxa de juros, impacta negativamente a melhora do fluxo de caixa das empresas. Além disso, a diminuição do poder de compra dos consumidores, também causada por esses dois fatores econômicos, segue dificultando a retomada do mercado como um todo”.
A análise por idade da dívida, ainda em janeiro deste ano, mostrou que quanto mais recentes são os débitos contraídos melhor o percentual de recuperação. Ou seja, quanto mais antiga uma dívida é, menor a chance de pagamento. Sobre os compromissos vencidos há apenas 30 dias vê-se uma recuperação de 51,8%. De 30 a 60 dias o percentual cai para, 31,7%; de 60 a 90 dias, 20,8%; de 90 a 180 dias, 11,5%; entre 180 dias e o primeiro ano, 6,7% e 2,5% entre um e mais anos. Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.
Metodologia O Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian considera o número de dívidas incluídas no sistema de inadimplência em cada mês específico. A medida de até 60 dias para quitação dos compromissos financeiros deste indicador foi selecionada por refletir a régua comum utilizada pelas soluções de cobrança, mas esse tempo pode variar de acordo com cada credor. Além disso, a série histórica do índice ainda é curta, com dados retroativos desde 2017, dessa forma, não é possível afirmar períodos de sazonalidade, uma vez que seria necessário contar com no mínimo 05 anos de observação para fazer essa análise. |