JUAREZ ALVARENGA
A vida é dual vivencia-la em sua plenitude é a receita inteligente. Fantasia e realidade são as notas mirabolantes da música em sintonia com a sabedoria.
Estagnar numa nota só, é perder o ritmo da existência.
Vem, porém, a alma humana instrumento vital ao homem, que tem como seu habitat natural a noite. É nela, que no orifício da alma, penetra a água da vida que sustenta a saúde psíquica. Deve desfilar, soberbamente, na passarela da existência com a desenvoltura de uma bailarina clássica.
Possuem a elegância das estrelas e o romantismo da lua.
Porém, sabemos que os dias são hierarquizados e os e verticalizados. A noite é homogênea e sem hierarquia.
O dia é para racionalidade como a noite é para os sonhos das almas famintas.
Enxergar a realidade, sob a claridade do sol escaldante, nos faz instrumento consistente de conquistas de vitorias racionais. Mas, nunca devemos expulsar de nosso cotidiano, a leveza da alma, que rastreja rasteiramente como os animais deixando marcas, para os caçadores humanos o perseguir. As marcas das almas são clarividentes, que somente o homem a entende.
A alma tem sede de sonhos e da grandeza imaterial humana, capaz de voar no espaço da lógica racional.
Transforme-se venha beber a água mágica da noite, pois somente assim estará preparado, para enfrentar a rusticidade cansativa da fonte quase seca do dia.
A alma não tem preço, para vivenciar e é, democraticamente universalizado diferente do dia, que cobra uma taxa de competência, para conquistá-lo ou adaptá-lo.
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