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A Bahia na contramão

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Como cidadão tenho o direito de manifestar preocupação com qualquer situação que diz respeito ao destino do nosso povo, mas como economista, colaborador dessa coluna, essa obrigação é mais voltada à uma analise econômica e politica da Bahia e do Brasil.

Após essa última eleição de Presidente da Republica, que elegeu Dilma Roussef, uma série de acontecimentos foram desenhando um quadro sombrio na economia brasileira, com inflação, desemprego, juros altos, o caixa do estado brasileiro com muitas promissórias e pouco dinheiro(menor arrecadação e maior gasto), em paralelo à outros fatos graves, em especial denuncias de corrupção sistêmica, de procedimentos irregulares que iam de encontro com a lei de responsabilidade fiscal, consequentemente um prato cheio para criar uma crise politica que cairia no colo da oposição.

É evidente que qualquer partido ou grupo politico que encontre brechas ou oportunidades para chegar ao poder, não deixariam passar esse momento, fazendo todo e qualquer esforço para viabilizar esse acesso.

Então o quadro que vinha sendo desenhado, foi ganhando forma, a ele foram aderindo novos atores, foram contaminando o povo, já devidamente fragilizado pela situação de aperto da economia doméstica, com uma serie de medidas desastrosas, onde o desemprego ganhava uma dimensão jamais vista e o governo criando atalhos para omitir os desastres da descida da ladeira pela economia sem freio, enfim tudo que estamos vivenciando no dia a dia de cada um de nós.

Então, a dimensão do desastre econômico e politico foi ficando maior e o povo ganhando as ruas, bradando por mudanças, enquanto o governo continuava fingindo de môco(surdo) e nada de concreto para consertar o problema, sem dinheiro, sem conseguir atrair investimento estrangeiro, sem credibilidade, sem futuro, um prato cheio para a escolha de outro caminho – esse que esta aí – hoje, 17 de abril de 2016.

Lamentavelmente, creio que a Bahia entrou nesse cenário, na contra mão politica, caso o rumo de eventual mudança, seja aquela que o povo esta pedindo – um novo governo, a partir do processo de impeachment.

Porque a Bahia entra na contramão? Simplesmente por ter sido o estado que mais deu votos contra a vontade do povo, inclusive com muitos dos parlamentares baianos, tradicionalmente oposição, que de forma muito “estranha” passam, de repente a serem aliados do governo, através do seu voto.

Nesse caso o povo não perdoa e o castigo virá nas urnas, além da falta de representatividade que fica a Bahia, em caso de um novo governo.

Mais estranho ainda, o que muitos entendem como traição ao tradicional grupo politico baiano de ACM, ao ver parlamentares que sempre foram ligados a ele e que sequer respeitaram a memoria desse seu ex líder politico, que certamente estaria bradando pelo impeachment, caso estivesse vivo.

Sem duvida, uma grande preocupação para a Bahia, em especial para a região, haja vista que muitos desses Deputados sempre tiveram significativos votos por aqui.

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Como cidadão tenho o direito de manifestar preocupação com qualquer situação que diz respeito ao destino do nosso povo, mas como economista, colaborador dessa coluna, essa obrigação é mais voltada à uma analise econômica e politica da Bahia e do Brasil.

Após essa última eleição de Presidente da Republica, que elegeu Dilma Roussef, uma série de acontecimentos foram desenhando um quadro sombrio na economia brasileira, com inflação, desemprego, juros altos, o caixa do estado brasileiro com muitas promissórias e pouco dinheiro(menor arrecadação e maior gasto), em paralelo à outros fatos graves, em especial denuncias de corrupção sistêmica, de procedimentos irregulares que iam de encontro com a lei de responsabilidade fiscal, consequentemente um prato cheio para criar uma crise politica que cairia no colo da oposição.

É evidente que qualquer partido ou grupo politico que encontre brechas ou oportunidades para chegar ao poder, não deixariam passar esse momento, fazendo todo e qualquer esforço para viabilizar esse acesso.

Então o quadro que vinha sendo desenhado, foi ganhando forma, a ele foram aderindo novos atores, foram contaminando o povo, já devidamente fragilizado pela situação de aperto da economia doméstica, com uma serie de medidas desastrosas, onde o desemprego ganhava uma dimensão jamais vista e o governo criando atalhos para omitir os desastres da descida da ladeira pela economia sem freio, enfim tudo que estamos vivenciando no dia a dia de cada um de nós.

Então, a dimensão do desastre econômico e politico foi ficando maior e o povo ganhando as ruas, bradando por mudanças, enquanto o governo continuava fingindo de môco(surdo) e nada de concreto para consertar o problema, sem dinheiro, sem conseguir atrair investimento estrangeiro, sem credibilidade, sem futuro, um prato cheio para a escolha de outro caminho – esse que esta aí – hoje, 17 de abril de 2016.

Lamentavelmente, creio que a Bahia entrou nesse cenário, na contra mão politica, caso o rumo de eventual mudança, seja aquela que o povo esta pedindo – um novo governo, a partir do processo de impeachment.

Porque a Bahia entra na contramão? Simplesmente por ter sido o estado que mais deu votos contra a vontade do povo, inclusive com muitos dos parlamentares baianos, tradicionalmente oposição, que de forma muito “estranha” passam, de repente a serem aliados do governo, através do seu voto.

Nesse caso o povo não perdoa e o castigo virá nas urnas, além da falta de representatividade que fica a Bahia, em caso de um novo governo.

Mais estranho ainda, o que muitos entendem como traição ao tradicional grupo politico baiano de ACM, ao ver parlamentares que sempre foram ligados a ele e que sequer respeitaram a memoria desse seu ex líder politico, que certamente estaria bradando pelo impeachment, caso estivesse vivo.

Sem duvida, uma grande preocupação para a Bahia, em especial para a região, haja vista que muitos desses Deputados sempre tiveram significativos votos por aqui.

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