Por Genaldo de Melo
O governo anterior não governou o país para todos os brasileiros, aliás, ele não fez governo, terceirou o governo para seu ministro da Economia e para o parlamento, que fizeram com que a maior parcela dos recursos públicos oriundos de todos os brasileiros fosse repassada a uma pequena minoria das elites do atraso, e principalmente para os especuladores que vivem de juros e amortizações da dívida pública.
O que o governo anterior fez foi apenas, simplesmente apenas, uma campanha ideológica durante quatro anos que cegou politicamente grande parcela da sociedade brasileira, principalmente a classe média, e que ninguém até o momento conseguiu o remédio para tão perigoso vírus social.
Esse vírus é tão aterrador, que nada do que o novo governo faça em favor do povo, em favor dos grandes conglomerados econômicos e do agronegócio, colocou o Brasil no centro dos maiores investimentos de capitais estrangeiros (nenhum país do mundo recebeu tanto investimento quanto nosso país), com a diminuição extraordinária do desemprego e aumento na renda, que nenhum remédio está conseguindo até o momento a cura.
Está provado que depois de tantos ataques do jornalismo da obediência contra os governos de coalizão que antecederam o governo anterior, parece que essa parcela que adoeceu ideologicamente não compreendeu ainda o que aconteceu com o país nos quatro anos do desgoverno, e ainda querem o mesmo matiz ideológico de volta para sofrer cegamente.
Ao atual governo de coalizão, entre a esquerda, o centro e parcela da direita democrática brasileira, cabe é melhorar o discurso e comunicação com o povo, politizar o debate para formar opinião política do que é o papel do Estado, do governo, do Congresso Nacional e do Poder Judiciário, porque senão as trevas em potencial poderão em tempo recorde vender o Brasil, e inviabilizar o próprio Estado.
