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A Confraria do Pessoas

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Eu andava com muita saudade dos encontros semanais com o saudoso Júlio de Queiroz, talvez o maior escritor catarinense da contemporaneidade. Nós nos encontrávamos com o Júlio, três, quatro ou cinco pessoas, para conversar sobre literatura, sobre artes, sobre vida. E ele era um homem culto, experiente, inteligente, que sabia como ninguém escrever e contar histórias. Era, acima de tudo, um grande amigo. E encontrar com amigos é tudo.

Então andava com saudades de me reunir de novo com os amigos, regularmente: escritores, poetas, leitores. Então surgiu a Confraria do Pessoas, e a Norma, a cronista da Ilha, que organizou um sarau que provocou o surgimento da confraria, o Roney, poeta também da Ilha e a Fátima, poetisa de Laguna que aportou na Ilha, que estão envolvidos com essas novidades, me convidaram para integrar este encontro de pessoas que gostam de poesia, de literatura, de arte, de cultura e de Portugal.

Então tenho orgulho de fazer parte da Confraria do Pessoas. Por que do Pessoas? Como disse Norma, porque Pessoa é vasto, é múltiplo, é muitos. E porque amamos Fernando Pessoa e todos os seus heterônimos. Então sou uma das pessoas que compõe a Confraria do Pessoas. E isso me deixa muito feliz, porque os encontros semanais estão se sucedendo e cada vez mais pessoas tem aderido a ele. E temos ido a diferentes lugares da Ilha para engendrar outros encontros em novos lugares, não só da Ilha, para falar poesia, para consumir poesia, para dividir poesia. Poesia brasileira, poesia portuguesa, poesia lusófona. Literatura lusófona. É quase um sarau, em bares, restaurantes, em pizzarias e nem nós sabemos em que outros lugares. Lugares para lermos poesia ou até mesmo prosa em voz alta, para que até as outras pessoas presentes possam ouvir, se quiserem.

E falamos também de Portugal, além da literatura daquele país que todos nós do grupo amamos: falamos das suas cidades, das suas gentes, da sua cultura, da sua arte, de tudo que amamos na terrinha. E amamos muito aquele terra, tanto que na primeira reunião foi pensado um grupo no Face, com o nome de AMOR À PORTUGAL, onde postamos tudo o que se refere à terrinha, inclusive literatura. E mais simpatizantes da terrinha vão aderindo. Gente que já foi para lá, como eu, que vou pela sétima vez, e gente que quer ir o quanto antes.

Além da página no Face para dividir o amor por Portugal, foi inaugurada também a página da Confraria do Pessoas. Lá, na abertura da página, consta: “Na Confraria tudo é novíssimo de tão velho e a cada encontro experimentamos lugares, recebemos visitas, acolhemos um novo achegado e inauguramos jeitos mantido o propósito do Ativismo Poético com os dados proselitismos: nossa causa é a Poesia. Nossa religião, a Beleza. Nosso único partido, a Utopia de mundar o Mundo para melhor, pois pra pior já tem muita gente trabalhando. Sim, nós estamos querendo te convencer.”

De maneira que habemos encontros de poetas, novamente, para falar de livros, de autores, para dizer poesia, mesmo que não sejamos declamadores, um tributo ao nosso poeta mor Júlio de Queiroz, que continua presente em nossas reuniões, imortal, através da sua poesia e a todos os poetas do mundo.

Somos a Confraria do Pessoas. Amamos poesia, amamos Fernando Pessoa, o Pessoas, amamos Portugal. Se você também ama tudo isso, visite as páginas do Facebook AMOR A PORTUGAL e CONFRARIA DO PESSOAS. Quem sabe não nos encontramos fora delas?

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745