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A dança, por uma boa causa

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A primeira edição do projeto beneficente Sou dess@s fluir e florir – Edição Femininos Encarcerados ocupará a Escola de Dança da Funceb com aulas de Dança do Ventre, Salsa, Stiletto, Afro e Samba de Roda nas tardes dos dias 22 e 29 de outubro (sábados), das 13h às 17h. O objetivo é arrecadar donativos de higiene (cada aluno deve contribuir com dois pacotes de absorventes). 

A idealizadora do projeto, a professora Rita Carneiro (Dança do Ventre), dará aula nos dois dias da programação, realizando esta ação beneficente com o apoio de um time de mulheres da dança.

O projeto conta com aulas das professoras Jocélia Freire (Salsa) e Ana Talita (Stiletto Dance), no dia 22. Neste dia é solicitado que, além do donativo, o aluno leve um sapato de salto.  O projeto terá aulas de Marilza Oliveira (Dança Afro) e Inah Irenam (Samba de Roda), no dia 29. Para a aula é solicitado que, além do donativo, o aluno leve uma canga. O músico Ricardo Costa tocará na aula de Marilza Oliveira.

Rita explica que o título “Sou Dess@s” faz menção a uma expressão usada por mulheres que são de atitude, que ousam e que encaram a vida com coragem e bom humor. Ela pensou, então, na ampliação do conceito da expressão, independentemente do gênero, pois, argumenta, “sou dessas” se refere a pessoas. “Então resolvi adotar a expressão, acrescentando que sou – somos – dessas pessoas que, além de tudo, são sensíveis, solidárias e capazes de praticar a alteridade e a cidadania”, se entusiasma.

Sociabilização e sensibilização – Com aulas ministradas somente por mulheres – mas voltadas para um público misto – o projeto vai beneficiar, com os donativos arrecadados, detentas do Conjunto Penal Feminino.  A entrega está programada para o dia 5 de novembro, também um sábado, quando acontecerá uma aula especial, coordenada por Rita Carneiro, direcionada ao público interno.

A diretora da unidade, Luz Marina, considera que a população irá se beneficiar da iniciativa da aula especial, já que é mais uma forma de sociabilização e de sensibilização para e pelas as artes. Iara Bueno, coordenadora de Atividades Laborativas do Conjunto, avalia que promover ações como esta, que trabalham a autoestima e a valorização de si, a sensibilidade e a sensualidade, contribuem para amenizar as dores do cárcere.

 

Apoio a ações sociais – O projeto Sou dess@s fluir e florir – Edição Femininos Encarcerados acontece dois meses após o sucesso de adesão ao projeto Intensivo Urbano, idealizado por Hélio Oliveira, e que também foi realizado com o apoio da Escola de Dança da Funceb. O objetivo do mentor foi beneficiar o Hospital Martagão GesteiraA campanha conseguiu arrecadar cerca de 450 mantimentos, das áreas de alimentos e material de limpeza, para entrega no hospital, que atende 250 mil crianças por ano. 

O projeto sócio-artístico que ocupará em outubro as salas de aula da Escola de Dança da Rua da Oração, Centro Histórico, será desenvolvido com o objetivo de, por meio de experimentação estéticas, promover atividades que sensibilizem e mobilizem o indivíduo a participar mais ativamente de ações de cidadania, ao passo que ele possa também refletir sobre alteridade e ser cidadão. A equipe de produção inclui os professores e dançarinos Hélio Oliveira e Érica Ribeiro, além da socióloga e também dançarina Natasha Krahn (articulação).

O projeto, uma motivação pessoal da dançarina e professora Rita Carneiro, conta com o apoio da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA). “Nós temos a preocupação técnica, é claro. Mas a missão principal da Escola de Dança da Funceb é formar cidadãos conscientes e dar retorno à sociedade”, afirma a diretora da instituição, Virgínia Costa, sobre o apoio a ações com cunho social.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745