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A HISTÓRIA DE IEMANJÁ

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A lenda conta que Iemanjá, filha de Olocum, o soberano dos mares, recebeu do pai uma poção para ajudá-la a fugir de quaisquer perigos. Tempos depois Iemanjá se casa com Olofin-Odudua, com quem teve dez filhos, que futuramente se tornariam orixás.

Por amamentar os seus filhos, Iemanjá ficou com seios enormes. Ela se sentia envergonhada, principalmente após o marido caçoar dela por por causa dessa anomalia. Irritada e triste, Iemanjá resolveu largar o marido e ir atrás da felicidade.

Nessa jornada, apaixonou-se pelo rei Okere de Xaki e concordou em se casar com ele, mas pediu a Okere jamais a criticasse por ter seios enormes. Porém certa ocasião, após se embriagar o rei zombou dos seus seios, que por isso fugiu.

O rei tentou reencontrá-la, para pedir perdão, mas para se livrar do marido, a rainha do mar, tomou a poção mágica que seu pai lhe dera e    transformou-se   em um rio que desaguava no mar.

Com receio de perder a esposa para sempre, Okere se transformou numa montanha para impedir que o rio alcançasse o mar, e assim Iemanjá pudesse voltar para ele.

 Iemanjá, porém pediu a ajuda do filho Xangô, que, com um raio, partiu a montanha ao meio, possibilitando que o rio seguisse seu caminho. Assim, Iemanjá se encontrou com o oceano se tornando a rainha do mar.

IEMANJÁ E SINCRETISMO

No sincretismo religioso, Iemanjá corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Glória e à Virgem Maria.

IEMANJÁ AFOGA SEUS AMANTES NO MAR

Iemanjá é dona de rara beleza e, como tal, mulher caprichosa e de apetite sexual extravagante.

Certa vez, saiu de sua morada nas profundezas do mar, e veio à terra em busca de prazer da carne. Encontrando um pescador jovem e bonito, levou-o para seu líquido leito de amor.

Seus corpos conheceram todas as delícias do amor carnal, mas o pescador, por ser apenas um humano, morreu afogado, nos braços da amante.

Quando amanheceu, Iemanjá devolveu o corpo à praia. E assim acontece sempre, toda noite, quando Iemanjá Conlá se encontra com os pescadores que saem em seus barcos e jangadas para trabalhar.

Ela leva o escolhido para o fundo deixa se possuir, e o se deixa possuir e depois o traz de volta, já sem vida, sem vida, para a areia.

As noivas e as esposas correm cedo para a praia, esperando pela volta de seus homens que foram para o mar, implorando a Iemanjá que os deixe retornar vivos.

Elas levam para o mar muitos presentes, como flores, espelhos e perfumes, para que Iemanjá mande sempre muitos peixes e deixe viver os pescadores.

COMENTÁRIOS

No Brasil, é cultuada como a   rainha das águas e mares. É protetora dos pescadores, dos lares e da família.  É muito popular tanto nos cultos de umbanda como no Candomblé. Tem caráter de tolerância e aceitação e carinho.  A sua morada é o mar, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos. A Data Comemorativa é 15 de agosto (Em algumas casas: 2 de fevereiro e em 8 de dezembro).   Pela importância que dá a retidão e à hierarquia, iemanjá não tolera mentira e traição.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745