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A importância do convívio social para a evolução do Espírito

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O convívio social é extremamente benéfico para o nosso crescimento como pessoa, facultando o desenvolvimento das potencialidades que jazem latentes em nosso imo. Acontece, porém, que a população mundial tem crescido vertiginosamente nesses últimos séculos. Os anais da história sinalizam que na era cristã a população do planeta girava derredor de trezentos milhões de habitantes, contra mais de sete bilhões na atualidade. E isso tem afetado o convívio em sociedade, fazendo com que as pessoas alterem os seus hábitos, buscando alternativas outras para suplantar tais dificuldades, como forma de se viver sem maiores altercações ou sobressaltos.

A vida aqui na Terra sempre foi permeada pela violência de todo jaez, desde as investidas dos salteadores contra as carruagens nas estradas, perpassando pelas inúmeras guerras sucedidas na idade média, com destaque especial para as Cruzadas, atingindo o seu apogeu com as duas grandes guerras mundiais. Léon Denis, o ínclito pensador e escritor espírita, teve o ensejo de dizer que, no nosso périplo evolutivo, dormimos no mineral, sonhamos no vegetal, sentimos no animal e pensamos no hominal. Desta forma, o instinto belicoso ainda é algo ínsito da criatura humana, tão caracterizada pela sua forma agressiva de ser e de se conduzir, remanescente da natureza animal. 

Na conjuntura atual em que vivemos, percebemos inúmeros aspectos que têm afetado a nossa convivência. Não obstante a violência que campeia e nos afeta a todos, indistintamente, a corrida à cata do “nada” ou de “coisa nenhuma” – àquilo sem um real sentido que agregue valor às nossas vidas -, tem nos levado a picos de estresse emocional, conduzindo-nos, muitas das vezes, a somatizarmos doenças, prejudicando a nossa saúde. O trânsito das grandes cidades, complicado, caótico e perturbador, favorece o nosso aborrecimento, criando campo de conflitos, afetando o nosso controle emocional. Ante o ápice tecnológico da atualidade, que facilita o nosso dia a dia, percebemos que nos dedicamos demasiadamente às quinquilharias eletrônicas, aos smartphones, nos voltando intensamente ao virtual, em detrimento do contato físico, pessoal, muitas das vezes.

A inquietante busca do ter, por sua vez, tem nos afligido, pois, no afã de amealharmos bens e coisas, esquecemos de nos voltar à nossa verdadeira essência, que é espiritual. A vida é muito fugaz! A convivência em sociedade representa campo fértil de aprendizado, reservando para cada um de nós momentos valiosos, os quais não podemos malbaratar, já que se constituem em verdadeiras provas pelas quais devemos passar, a fim de extrairmos a lição devida, incorporando-a ao nosso Ser e contribuindo para a nossa escalada evolutiva.

Assim, vivendo em sociedade, jamais podemos deixar de compreender que somos individualidades e, em assim sendo, não assumirmos condutas coletivas, as quais devem ser evitadas, sob pena de nos permitirmos aos chamados processos de massificação, através dos quais agimos não em conformidade com os nossos princípios e personalidade, mas em razão do todo, da massa, da coletividade, ocasionando comportamento e conduta por imitação. Somos o que somos, e não o que querem que sejamos! O convívio social exige posturas acima de tudo de vigilância e atenção, para não derraparmos nas armadilhas adredemente preparadas para prejudicarem a nossa marcha evolutiva.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744