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A incrível estupidez que brota para as próximas eleições no país

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Uma onda de estupidez tem tomado conta de certa parcela da população brasileira que acredita que pode resolver politicamente os desafios do país com o uso da força, e não com diálogo e com o resultado das urnas. A cada dia surge novos fatos que comprovam que para algumas pessoas o uso das armas e da violência para eliminar adversários políticos podem fazer do país uma nação que seja para todos. Com o que aconteceu com a caravana de Lula no Paraná prova-se que manifestantes que não querem desafiar Lula nas urnas, também não querem protestar democraticamente. Querem mesmo é o uso abusivo da força para provavelmente eliminá-lo até fisicamente.

Provavelmente muitas pessoas não sabem porque não ler, mas eliminar os adversários políticos com violência física é fascismo, e este nunca foi bom para a humanidade como a história, que é a prova dos nove, já comprovou na Alemanha e na Itália do passado. O Estado tem obrigatoriamente que ser forte, mas não pode ser um Estado que abarque tudo, inclusive moldando todos os indivíduos e sociedade civil a um tipo específico de pensamento único,  porque isso não vai resolver os problemas brasileiros, principalmente com a concordância da violência.

Essa estupidez em ascensão do consenso em torno da barbárie e da selvageria, pode não está sendo promovida pela direita tradicional e nem pela esquerda no Brasil, mas promovida por grupos ligados principalmente aos candidatos de extrema-direita, apoiado por gente que ainda não entendeu o significado exato do que está sendo dito pelos próprios candidatos que eles acham que é melhor do que Lula. O fascismo como doutrina de Estado abarca tudo, inclusive a propriedade privada e muita gente não está entendendo. O fascismo como doutrina política na prática não pode mais existir no Brasil de hoje, porque os contrários não estão mais numa Alemanha ou numa Itália com um povo sem informação e sem instrumentos de contraposição.

A culpa muito disso está na condução das instituições que deveriam prezar pelo bom cumprimento das regras da democracia brasileira, mas seus responsáveis estão fazendo o contrário sem querer aceitar o que de fato é verdade, que a maioria do povo brasileiro quer os recursos existentes sobre o controle do Estado para todos e não apenas para o mínimo do mínimo da população, que acha que economicamente manda em tudo. 

Quando a imprensa toma posição política a barbárie está próxima, e quando o judiciário resolve fazer política não terminaremos em boa coisa, porque na política existem coordenadores que sabem fazer política, coisa que juízes não sabem. Para o fascismo de fato com uma roupagem moderna, basta somente agora um candidato com idéias autoritárias ganhar as eleições, e militarizar de fato o Estado brasileiro, para que ninguém pense mais diferente do que ele pensa.

Tem uma turma no Brasil que parece que não estuda apesar de se colocar como baluarte da cultura, da moral e dos bons costumes. Parece que não enxergou ainda que no poder quem se está tentando colocá-lo na força, sem respeitar aos brasileiros, vai no fim das contas querer tudo para si. E agora passaram de fato dos limites, porque enquanto se joga ovos ou tomates podres é uma coisa, mas quando se quer resolver na base da bala, é outra totalmente diferente. E ninguém está vendo a turma do lulismo querer resolver as coisas na base da violência, porque só se tem Lula, e os números das pesquisas eleitorais.

Se as instituições brasileiras e seus condutores não tomarem vergonha na cara logo, a barbárie acontecerá em poucos meses, porque pelos prognósticos a esquerda tem mais números, e esses que estão com atitudes fascistas, sem nem mesmo saber o conceito prático de fascismo, não tem nada para oferecer como festa na noite das eleições que define o próximo Presidente da República. Nesse bolo de instituições que parece que não querem assumir suas responsabilidades, estão principalmente a imprensa e o judiciário brasileiro, que acham que pode fazer política e não ser imparcial em seus atos.

As eleições de outubro próximo caso não haja logo a prática da responsabilidade institucional no Brasil pode se transformar numa barbárie e numa estúpida selvageria, que nunca se imaginou que pudesse existir o Brasil. Algumas pessoas precisam saber logo que aqui não é lugar para se oferecer clones de Giovanni Gentile, Mussolini ou Hitler, aqui é o Brasil para se oferecer um Lula ou um presidente que esteja mais alinhado política e espiritualmente com o próprio povo brasileiro.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745