Por: Valter Casarin/ Coordenador Científico da NPV
Durante a década de 50, os países industrializados tiveram que lidar com um aumento significativo de sua população. O progresso, particularmente na indústria química, permitiu desenvolver novas técnicas e insumos para que a agricultura permitisse alimentar a crescente população do planeta. Desta forma, nasce a agricultura intensiva, tão importante para a economia. E junto com essa nova realidade de cultivo, também surgem alguns questionamentos relacionados ao futuro dessa produtividade e seus limites.
Diante disso, podemos dizer que a eficiência da produção agrícola de uma planta pode ser medida pela produtividade, ou seja, a quantidade de alimento que uma determinada cultura produz por unidade de área. Existem diferentes formas de gerar o aumento da produtividade, mas é preciso saber determinar a melhor e mais adequada para garantir um resultado satisfatório. No entanto, essa condição está alicerçada ao potencial genético da planta cultivada e também por certos fatores do ambiente em que se encontra, como: água, clima, solo, espécies vegetais, pragas e doenças, mecanização agrícola e técnicas agronômicas.
Para gerar crescimento, antes de tudo, é essencial o controle, principalmente, das técnicas utilizadas. A adubação do solo, o uso de cultivo seletivo de plantas, biotecnologia, hidroponia, irrigação, máquinas agrícolas ou mesmo a implantação de manejos simplificados do solo estão entre os diversos procedimentos utilizados pelos agricultores para melhorar o desempenho das culturas agrícolas. Entretanto, o elemento que mais tem limitado a produção é o ambiente. E uma única causa pode prejudicar a produção, às vezes a um nível bem abaixo do ideal. Por isso, a prioridade deve ser dada a essa melhoria.
Nesse sentido, o uso de fertilizantes minerais, que contêm substâncias essenciais para a plena produtividade das plantas, é um recurso importante para as condições brasileiras. Pelo fato dos nossos solos apresentarem baixos suprimentos de nutrientes, a adubação das culturas é o caminho mais fácil e barato para alcançar melhores patamares de produtividade. A agricultura intensiva, muitas vezes com dois ou três tipos de plantações em uma mesma área durante o ano agrícola, podem consumir uma grande parcela dos nutrientes disponíveis na terra. A solução é a adição desses fertilizantes, os quais as plantas podem utilizar com maior eficiência. Esses insumos repõem as necessidades nutricionais que são exportadas com os alimentos colhidos.
Por outro lado, também podem ser utilizados os defensivos agrícolas, que incluem substâncias químicas destinadas a repelir ou combater pragas, doenças e espécies indesejáveis de plantas invasoras. Entre os produtos usados para destruir os fatores prejudiciais às plantas, pode-se citar os inseticidas, destinados para o controle de pragas (broca do milho), de doenças causadas por fungos (oídio da videira, ferrugem do trigo). Existem também os herbicidas, que destroem as “ervas daninhas”, cuja presença impede o crescimento máximo da planta cultivada.
Além disso, o abastecimento de água é essencial para o crescimento das plantas e, portanto, da produção. Em algumas condições a água da chuva pode não ser suficiente para permitir a produção máxima, por isso, a água adicional deve ser fornecida. A irrigação é a operação de levar água artificialmente à plantação cultivada para aumentar a produção e permitir seu desenvolvimento normal em caso de déficit hídrico.
O desenvolvimento de plantas com melhor rendimento é algo possível atualmente, para isso é feito o cruzamento entre variedades para agregar as qualidades desejáveis de cada uma, gerando os híbridos com maior eficiência produtiva. Mas, atualmente, é possível criar novas espécies de OGM (organismo geneticamente modificado), adicionando ao patrimônio das espécies cultivadas o gene de uma proteína de interesse para a produtividade, como é o caso do milho Bt.
Diante do grande desafio de produzir mais alimentos para a crescente população, existe um imenso potencial inexplorado para atender as necessidades futuras. O constante crescimento de informações e técnicas lançam um grande desafio para todos os agricultores deste mundo. A evolução de novas tecnologias e de plantas mais adaptadas às condições adversas, permitem alcançar o crescimento da produção agrícola.
Sobre a NPV
A NPV – Nutrientes para a Vida – nasceu com objetivo de melhorar a percepção da população urbana em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes para a saúde humana. Braço da fundação norte-americana NFL – Nutrients For Life – no Brasil, a NPV trabalha baseada em informações científicas. O uso de fertilizantes de forma responsável e correta é o caminho para oferecer à sociedade oportunidade para maior segurança alimentar e qualidade nutricional dos alimentos e, sobretudo, produzindo de forma sustentável e com total respeito ao ambiente. Nutrir o solo, através dos fertilizantes, é a forma mais sensata de produzir alimentos em quantidade e qualidade para as pessoas, além de valorizar a preservação de nossas florestas.
A missão da NPV é esclarecer e informar a sociedade brasileira, com base em estudos científicos, sobre a importância e os benefícios dos fertilizantes na produção e qualidade dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada.
A NPV tem sua sede no Brasil, é mantida pela ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos) e operada pela Biomarketing. A iniciativa conta ainda com parceiros como: Esalq/USP, IAC, UFMT, UFLA e UFPR.