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A orgia com o dinheiro público

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Por Júlio César Cardoso

Na realidade, o país não precisa de reforma nenhuma para arrecadar mais dinheiro para custear as suas despesas, mas de uma reforma moral na área política, onde o dinheiro da nação é dilapidado vergonhosamente por crápulas políticos e seus familiares. 

Vejam, por exemplo, como a corrupção política continua a prosperar no país e a locupletar família de políticos. Pois bem, a Polícia Federal deflagrou no dia 13/12 uma operação para desarticular uma organização criminosa suspeita de compra de votos e lavagem de dinheiro. Entre os alvos figuram o prefeito de Duque de Caxias, Wilson Reis, e o ex-prefeito e secretário Estadual de Transportes do Rio de Janeiro, Washington Reis. 

Muita gente não estaria passando fome e vivendo em estado de pobreza e miserabilidade, os hospitais públicos seriam de melhor qualidade, como também as escolas públicas, se o dinheiro público não caísse, por exemplo, nas mãos da corja política que administra e governa estados e municípios brasileiros.   

A cidade fluminense de Duque de Caxias tem histórico de administradores e prefeitos corruptos. Mas eles e seus familiares continuam sendo eleitos por eleitores também corruptos, porque aceitam receber “arrego” para votar nessas pulhas.   
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Deveria existir no Brasil um tribunal superior exclusivo para julgar e condenar políticos corruptos. Esse tribunal seria composto por magistrados sem indicação política.   

É expressivo o montante da arrecadação nacional. Segundo o Impostômetro, a arrecadação, em 2024, ultrapassou a casa dos R$ 3 trilhões. Só que grande parte do dinheiro vai sustentar a orgia dos gastos de Brasília, bem como a casta política de governadores, prefeitos, seus familiares e assessores, os quais, sem escrúpulo, conforme noticiários, guardam pacotes de dinheiro em casa, nas cuecas, etc., vivem nababescamente, têm carro de luxo e residências, incompatíveis com os seus rendimentos regulares. De vez em quando, o Fisco e demais autoridades policiais e judiciais resolvem fazer algumas incursões contra essa bandidagem.   

Vejam como o país tem dinheiro sobrando:   

1. Em 2021, o Congresso aprovou 5,7 bilhões de reais para custear as eleições de 2022, um absurdo! 

2. O partido político PL, de Valdemar Costa Neto, com dinheiro público, paga salários a Jair Bolsonaro e sua esposa. Pois bem, em 2023, o casal recebeu um total de R$ 589 mil em salários. Cada um recebe mensalmente a mixaria de R$41.650,91. E ainda existem incautos sonhando ver um país pujante e varonil. Só que vão ter de pagar a conta para sustentar o moralista Bolsonaro e família. 

3. A farra das emendas parlamentares é outra vergonha. O ex-político Ciro Gomes, conforme notícia de jornal, denuncia o deputado federal cearense Yury do Paredão (MDB) por suspeita de fraude em patrocínio de R$ 11 milhões, com dinheiro de emenda parlamentar.   

Assim, o dinheiro de emendas parlamentares deveria ser liberado sob a supervisão do TCU e direcionado para pagamento de projetos e outros serviços de interesse social. Todas as notas fiscais ou recibos emitidos pelos prestadores de serviços deveriam ser auditados pelo TCU. Com essa providência, se evitaria que o dinheiro público (do contribuinte) caísse nas mãos de empresas fantasmas ou fosse desviado por elementos inescrupulosos, como sói ocorrer em nossa política.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745