A peste bubônica é causada pela bactéria Yersinia pestis, encontrada em pulgas que se alojam em ratos contaminados. A doença é disseminada pelo contato do humano com pulgas contaminadas. Os sintomas incluem inchaço dos gânglios linfáticos, que podem ficar grandes como ovos de galinha, na virilha, na axila ou no pescoço. Eles podem ser sensíveis e quentes. Outros sintomas incluem febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares. A peste bubônica requer tratamento hospitalar urgente com antibióticos fortes.
Foi considerada um dos maiores flagelos da humanidade que grassou por quase quatrocentos anos (1348/1720), assolou a Europa, concomitantemente com outras doenças contagiosas. Atingiu cruelmente a população que ficou assustada com a violência devastadora da ocorrência, que matou diversas pessoas.
Essa epidemia se apresentava de duas formas: a pulmonar e a bubônica, inicialmente por falta de conhecimento seguro, ficou difícil o seu combate, também chamada de “peste justiniana”, pelo fato de ter ocorrido no reinado bizantino do Imperador Justiniano (527/565). A peste afligiu a humanidade há ao menos 3 mil anos, mais do que se acreditava.
Desapareceu para retornar de maneira brutal no século XIV, se disseminando com extraordinária rapidez, causando consequência desastrosa para a população.
Como a ciência biológica ainda não havia se desenvolvido na época da peste negra, as causas da doença eram atribuídas a origens sobrenaturais e, principalmente, a “bodes expiatórios”, como povos estrangeiros, em especial os judeus, gerando, assim, além da catástrofe natural, uma grande tensão social.
No Egito foi encarada como um dos cavaleiros do apocalipse ou novo dilúvio, era esse o entendimento popular. No meio eclesiástico o flagelo era visto como uma manifestação divina, que assim punia o pecado dos homens.
Os artista representavam-na, como flechas vinda do céu, de modo tão fulminante, que ninguém pobre ou rico, fraco ou poderoso, poderia escapar. É inegável, que as camadas humildes e pobres da sociedade tenham sido as que mais sofreram, pelas precárias condições de higiene, moradia, e as dificuldades de abandonar os lugares atingidos.
No plano psicológico, o impacto causado pela doença foi enorme. As tensões sociais se manifestavam pelo ódio contra os ricos e, também, contra os Judeus e os leprosos, estes, com frequência eram acusados de envenenarem, pelo contágio, as águas de rios e poços.
A mortificação, uma antiga prática religiosa que consistia em realizar um sacrifício físico e, portanto, como meio de participação na Redenção, era utilizada pelos flagelantes como remédio para conter a epidemia.
Diante da catástrofe, o homem medieval procurava encontrar soluções: para uns, a epidemia decorria da alteração do ar provocada por emanações ou fenômenos celeste; para outros, provinha de pessoas que, intencionalmente, desejavam espalhar o mal, portanto, era necessário prossegui-las; e finalmente, terceiros achavam tratar-se de uma vingança de Deus, só contornável através de penitencias.
PESTE NEGRA OU BRBÔNICA ATUALMENTE NO BRASIL:
O desenvolvimento da epidemia, provocou no homem ocidental transformações sociais e psicológicas, pelas suas consequências.
O Brasil sofreu epidemia de peste negra de 1900 a 1907. No entanto, não foi divulgada convenientemente. Sem esclarecimento à população, originou-se a Revolta da Vacina, em 1904. No dia 18 de outubro de 1899, foram registrados oficialmente os primeiros casos de peste bubônica no Brasil em Santos (SP).
O mundo em 1899 era bem diferente do de 1720, quando Marselha registrou o surto anterior de peste na Europa e perdeu 50 mil habitantes. Era mais diferente ainda de 1346, quando a peste causou morte de 75 a 200 milhões de pessoas. Considerada a pandemia mais devastadora da história da humanidade, foi apelidada de Peste Negra.
BRUMADO, EM 2020, DE ACORDO COM O INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE), SUA POPULAÇÃO FOI ESTIMADA EM 67 335 HABITANTES, ATÉ O MOMENTO, ESTÁ CARENTE DE UMA REDE DE ESGOTO DOMESTICO QUE BENEFICIE A SAÚDE DA POPULAÇÃO. COBRAR É PRECISO, ESSE DESCASO NÃO É ADMISSÍVEL.
Recomenda-se:
- Lavar as mãos frequentemente com sabão e água limpa, principalmente antes de preparar ou ingerir alimentos, após ir ao banheiro, após utilizar conduções públicas ou tocar superfícies que possam estar sujas e sempre que voltar da rua.
- Evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos (principalmente os frutos do mar) e alimentos cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam precárias.
- ferver ou tratar a água. Para isso, filtre a água e depois coloque 2 gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% em 1 litro de água e aguarde por 30 minutos antes de consumir. Em algumas farmácias e supermercados há outros produtos para tratamento da água;
- Prefira restaurantes e lanchonetes indicados, por alguém do local. Evite comer alimentos de ambulantes;
- Pratos quentes: devem estar bem cozidos e/ou bem passados e quentes no momento do consumo. Não coma alimentos que ficaram em temperatura ambiente por mais de 2 horas;
- Saladas e sobremesas: devem estar frias no momento do consumo;
- Evite consumir leite cru e seus derivados não industrializados, bem como carnes cruas e mal passadas (de animais exóticos ou não);
- Tenha cuidado antes de ingerir peixes e frutos do mar que podem causar alergias e em alguns casos, sintomas neurológicos;
- Não se esqueça de lavar e/ou descascar as frutas e verduras;
- É interessante levar nos passeio seu próprio alimento e que, de preferência, sejam alimentos prontos e industrializados e que podem ficar fora da geladeira e não estragam com o calor.
Felizmente, hoje há um tratamento eficaz e simples, o que reduziu demais as taxas de mortalidade. A verdade, porém, é que a peste negra não foi extinta, pois em todo mundo foram registrados surtos desta doença no o começo do séc. XX. A peste bubônica pode voltar a ameaçar o mundo, alertou a OMS.
FONTES DE PESQUISA:
https://www.saude.go.gov.br/biblioteca/;
Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos de Antonio Carlos do Amaral Azevedo;
Secretaria da Saúde: https://www.saude.go.gov.br;
Mundo Educação: https://mundoeducacao.uol.com.br;
Organização Mundial da Saúde (OMS);
https://www.dw.com/pt-br/peste-negra.
Antonio Novais Torres
antoniotorresbrumado@gmail.com
Brumado, em 03/09/2021.