O fato de as questões de segurança pública passarem a ser tratadas como assunto de Estado e não de governo é um avanço relevante e permitirá, lá na frente, maior dignificação de seus profissionais como agentes de garantia de direitos e promoção da cidadania.
A meu sentir, o tema da segurança pública, forma com a educação e a saúde o tripé decisivo para retroalimentarem o êxito e a sustentabilidade dos governantes que serão eleitos ou reeleitos, em 05 de outubro ou no segundo turno.
O verbo que liga estas secretarias e ministérios é o cuidar. Merecerá nossa confiança e nosso voto aqueles(as) mais habilitados e competentes para esta tarefa. Cientes de que política é a arte do possível, cabe a todos nós encontrarmos formas para alargarmos as fronteiras do possível; nesse sentido, aos ainda indecisos, chamo a atenção para uma das minhas áreas de interesse: a segurança pública.
A estética militar nos leva a conceber e distinguir prioridades e urgências; com base na hierarquia e na disciplina, de tal sorte que uma vez inserido nesse modelo, buscamos dotar as polícias a altura de suas novas tarefas. Durante o período de propaganda, ouviremos promessas edificantes, sensatas e coerentes, mas seremos também ofendidos com os mais diversos disparates.
Ainda não encontramos um mesmo método para contarmos os mortos de norte a sul do país. Os critérios variam por nuances que já poderíamos ter superado. Segurança é constitutiva de nossas vidas. Pólis e polícia estão umbilicalmente ligadas; elas nascem juntas. Somente o tempo, esse cuidadoso alfaiate, nos permitirá, singularmente, alargarmos as medidas do possível.
No que tange as muitas promessas políticas, lembrem-se do espanhol Ortega y Gasset “Todo dizer é deficiente – diz menos do que quer; todo dizer é exuberante – dá a entender mais do que se propõe”. Como educador policial-militar, sigo ensinando que, no limite, são as ações de polícia, na ponta da linha, é que indicam o verdadeiro termômetro de nossa democracia.