Cada vez mais, empresas estão adotando a solução para melhorar a visibilidade e a rastreabilidade de cadeias de suprimentos
Por: Maria Alice Vila
São Paulo, 2 de agosto de 2021 – Mesmo que você nunca tenha ouvido falar da tecnologia de identificação por radiofrequência, ou RFID, provavelmente já a utilizou. Ao efetuar o pagamento de um estacionamento sem sair do carro ou passar pelo guichê, ao dirigir por
“A tecnologia RFID é um sistema de identificação, coleta e armazenamento de dados relacionados a um objeto. Os dados são transmitidos por ondas de rádio. Microchips instalados em etiquetas, tags ou cartões se comunicam com leitores e antenas, capturando as informações e as armazenando digitalmente”, explica o engenheiro de projetos da Zebra Technologies no Brasil, Luiz Cunha.
Ao contrário dos códigos de barras, esses microchips possuem grande capacidade de armazenamento de dados e possibilitam a leitura de informações de maneira instantânea e remota, sem a necessidade do scanner estar apontando diretamente para ele. Desta maneira, volume de itens que podem ser lidos apenas com a instalação adequada de antenas pode ser enorme. A leitura pode ir do item ao palete. Sua tecnologia também impede duplicações, aumentando a segurança para as empresas. No final das contas, isso se traduz em produtividade das equipes, visibilidade do processo, eficiência operacional e rastreabilidade em toda a cadeia de suprimentos.
“A transformação dessas cadeias de suprimentos está inaugurando uma nova era de gerenciamento e transparência de ponta a ponta e em tempo real”, analisa Cunha. “As soluções RFID também podem complementar e se integrar com ferramentas de análise prescritiva e de visão artificial, aumentando a precisão e confiabilidade dos processos ao prever a demanda com mais exatidão”, completa. Outras etapas produtivas que se beneficiam são: controle de estoque e de qualidade; recepção, armazenamento e distribuição de mercadorias, e, até mesmo, experiência de compra e de pagamento do cliente na loja.
Apesar da tecnologia estar disponível no país há anos, demorou para ser amplamente utilizada, pois estava associada a custos elevados. Contudo, nos últimos cinco anos, esse mito foi derrubado e players de diferentes setores, principalmente do varejo, puderam constatar que os custos da solução diminuíram significativamente. No Brasil, Procter & Gamble e Avon usam o RFID para sinalizar embalagens com etiquetas, garantindo a visibilidade dos produtos na hora do armazenamento e da distribuição.
Cunha conta que, nos últimos anos, empresas que se especializaram em RFID registraram um grande crescimento. “Na Zebra Technologies, desenvolvemos programas de especialização em RFID para nossos canais de distribuição, apoiando-os em seus planos de crescimento e ajudando-os a aproveitar o boom da tendencia, que veio para ficar”, explica.
Na era da Indústria 4.0, é fundamental que as empresas se adaptem ao uso de tecnologias que resultem em operações mais rápidas, flexíveis e controladas, que resultam em uma melhor resposta a flutuações da demanda. O acesso que as companhias da região têm, atualmente, a soluções que antes pareciam inatingíveis, abre um mundo de possibilidades para promover o desenvolvimento dos negócios.