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Acidentes de trabalho causam a morte de uma pessoa a cada 4,5 horas, no Brasil

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Marco Berringer – Ex-Libris Comunicação Integrada

Um brasileiro morre vítima de acidente de trabalho a cada 4,5 horas, de acordo com um levantamento realizado pelo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Trabalhadores do setor de transporte rodoviário lideram essa lista e entre eles a maioria das vítimas são homens entre 30 e 34 anos. De forma geral, ocorrem 700 mil acidentes de trabalho por ano.

“A prevenção a acidentes de trabalho precisa fazer parte da política de qualquer empresa. A segurança dos funcionários, especialmente em atividades onde há uma vulnerabilidade maior, deve se tornar umas das principais preocupações da sociedade moderna. Assim como já acontece com o controle ambiental, por exemplo”, diz o professor Sérgio Médici de Eston, coordenador do curso Engenharia de Segurança do Trabalho, do Programa de Educação Continuada (PECE) da Escola Politécnica da USP.

Garantir a segurança de seus funcionários é uma obrigação das empresas, por lei. “Conforme disposição legal, as empresas devem ter em seus quadros profissionais de engenharia, arquitetura, geologia ou agronomia, especializados em engenharia de segurança e higiene de trabalho”, diz o coordenador do curso do PECE. “A prevenção de acidentes de todo tipo é parâmetro importante em qualquer projeto ou empreendimento, envolvendo a redução dos altos custos humanos e materiais, e consequente melhoria das condições sociais”, completa Eston.

Segundo cálculos da OIT, por ano o Brasil perde em média 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com gastos decorrentes da falta de segurança do trabalho. Só no ano passado, essas perdas gerais à economia foram de aproximadamente R$ 264 bilhões. “Vale ressaltar que, pela lei, não são levados em conta somente acidentes que ocorrem no local do trabalho, mas também durante o deslocamento de seus funcionários. Assim como também se leva em consideração doenças desenvolvidas em razão das funções exercidas”, conclui o professor.

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