Por: MF Press Global
As dores no quadril podem provocar incômodos que necessitam uma atenção imediata. Diante disso, o famoso ácido hialurônico, que ficou conhecido por ser usado em procedimentos estéticos, pode ser uma saída para aliviar os transtornos. O ortopedista Dr. David Gusmão recomenda a aplicação e revela que a rejeição à técnica é algo incomum.
Dores no quadril são sempre incômodas. Porém, antes de partir para uma cirurgia ou a colocação de uma prótese, é natural que tratamentos diversos sejam buscados para aliviar essas dores. E uma das técnicas usadas pelo médico ortopedista Dr. David Gusmão recomenda a aplicação de ácido hialurônico (AH). “A maioria dos estudos recomenda o uso dele quando outras medidas farmacológicas e de estilo de vida não funcionam”, destaca.
A aplicação deste produto é usada naqueles casos em que a pessoa não teve grande melhora com o uso de suplementos, reforço muscular ou mudanças de atividade de vida. Além de tudo isso, elas não desejam ficar usando medicações analgésicas ou anti-inflamatórias. Isso se enquadra até mesmo para quem já teve alguma melhora com essas terapias, mas deseja recuperar daquela situação incômoda mais rapidamente.
Para quem não conhece, o Dr. Gusmão conta que “o ácido hialurônico é um mucopolissacarídeo produzido pelos nossos condrócitos e sinoviócitos. Ou seja, a nossa própria cartilagem produz essa substância, junto com a nossa membrana sinovial, que é a ‘capinha’ que recobre nossa articulação. Então, podemos dizer que nossas articulações são ‘auto-lubrificantes’. Além disso, é uma molécula extremamente amigável à água e que lubrifica e umidifica diversos tecidos no nosso corpo”.
Mas, existem alguns riscos para a aplicação do AH? Ele pode causar algum dano? Segundo o ortopedista, reações danosas à saúde podem ser evitadas com simples atitudes. “O efeito colateral é o mesmo de qualquer injeção intramuscular. É necessário que se tenha o máximo de cuidado quando for feita a aplicação. O profissional que estiver fazendo o tratamento deve ter tudo esterilizado e possa fazer com o suporte de um aparelho de ultrassonagrafia”.
Outro efeito depende da composição do AH, “como se fosse uma espécie de reação alérgica. Existem alguns desses ácidos que são feitos a partir de proteínas animais, estes tem mais chance de reações alérgicas. O AH que vem da fermentação bacteriana, onde uma bactéria programada produz o ácido, tem muito menos chance deste efeito. Em seguida se faz a esterilização e a ultrafiltragem daquele produto, daí ele fica sendo mais puro e com menor possibilidade de gerar uma situação adversa”, acrescenta.
Além disso, Dr. Gusmão pondera que: “Pode acontecer é algum desconforto leve no lugar onde foi feita a aplicação que pode durar de dois a três dias, que se resolve com analgésico comum e uso de gelo. Com relação a infecção, é algo extremamente raro. Ou seja, tomando os devidos cuidados, é extremamente seguro”, explica.