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Ações de revitalização estimulam pesca artesanal no Rio São Francisco

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Cerca de 44 mil pescadores são beneficiados em Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Minas Gerais e na Bahia

 

Por  Imprensa Ministerio da Integração

 

Brasília-DF, 12/6/2018 – Mais de 150 milhões de alevinos – peixes recém-saídos dos ovos – já foram distribuídos para a revitalização do Rio São Francisco e manutenção dos estoques pesqueiros dos estados de Alagoas, Bahia, Sergipe, Minas Geais e Pernambuco. A iniciativa do Ministério da Integração Nacional, realizada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), beneficia cerca de 44 mil pescadores artesanais.

Do total de 155 milhões de alevinos distribuídos, cerca de 72 milhões são espécies nativas da bacia do Rio São Francisco – piau, xira, matrinxã, pacamã e pirá – e auxiliaram, desde 2007, na recomposição da fauna da região. O restante da produção – cerca de 83 milhões – aumentou o desenvolvimento da aquicultura. Além disso, mais de 2.500 pessoas foram capacitadas durante atividades de piscicultura em tanques-rede e viveiros escavados. Com essa atividade, a Codevasf apoiou mais de 100 projetos de apoio à inclusão produtiva na área de pesca e aquicultura.

 Peixamento

A distribuição das espécies, conhecida como peixamento, é realizada pelos Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf. Essa é uma preocupação constante do Governo Federal desde a concepção do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que já abastece mais de um milhão de pessoas nos estados de Pernambuco e Paraíba, desde a inauguração do Eixo Leste em março de 2017.

Além da importância para o repovoamento imediato das lagoas beneficiadas, as ações de peixamento têm a função de promover a educação ambiental para preservar o rio, contando com a participação da comunidade, por meio de escolas, colônias de pescadores e secretarias municipais de Meio Ambiente.

“A participação de estudantes, por exemplo, serve para mostrar a importância da conservação e alertá-los para a intensa e atual degradação ambiental que culmina na escassez de algumas espécies nativas. Esperamos que o aluno possa, também, aprender procedimentos e atitudes que resultem em mais qualidade de vida para ele próprio e sua comunidade”, declarou o coordenador das ações de pesca e aquicultura no município de Xique-Xique (BA), Jorge Meira.

 Ações recentes

Os municípios baianos de Bom Jesus da Lapa, Ibotirama e Xique-Xique foram alguns dos beneficiários com as ações de peixamento mais recentes. Somente neste ano, mais de 130 mil alevinos de espécies nativas foram distribuídos em lagoas marginais do Médio São Francisco baiano. A Lagoa Largamar, em Ibotirama, recebeu 40 mil alevinos. A Lagoa da Lapa, em Bom Jesus da Lapa, 20 mil. Outros 60 mil alevinos foram destinados às lagoas Comprida e Ipueira, no município de Xique-Xique.

“O peixamento de alevinos de Curimatã na Ipueira do Rio São Francisco é de grande importância econômica e social para o município, pois garante os estoques pesqueiros do rio, inserindo uma boa quantidade da espécie, que é capturada pelos mais de 600 pescadores profissionais e amadores que dependem da atividade para o sustento de suas famílias”, acrescentou Jorge Meira.

Na última semana de maio, mais 30 mil alevinos de espécies nativas foram inseridos em peixamentos realizados nos riachos Nossa Senhora do Desterro e Roncaria, na zona rural do município de Japoatã (SE). A ação teve por objetivo recompor estoques pesqueiros e contribuir para o incremento da oferta de alimentos à população local e para o equilíbrio ecológico da bacia do Rio São Francisco.

 Novo Chico

O Governo Federal lançou o Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – Plano Novo Chico – em agosto de 2016, com o objetivo de ampliar as ações de revitalização já realizadas em diversos níveis. A expectativa é beneficiar os 505 municípios que compõem a bacia. A Codevasf já atua na região desde 2007 com ações e obras para abastecimento de água, esgotamento sanitário, proteção e recuperação das nascentes, controle de processos erosivos e recuperação de áreas degradadas, além de educação ambiental e capacitação institucional, coleta e tratamento de resíduos sólidos, dentre outras medidas.

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