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Acusada de desacato a Policial Militar, vice-prefeita de Morpará é presa em Ibotirama. Solange Pereira Martins de Novais nega acusações

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Por Redação JS

A vice-prefeita de Morpará, Solange Pereira Martins de Novais (PSB) foi detida em Ibotirama, na madrugada do domingo (23), acusada de desacatar uma Policial Militar lotada na 28ª Companhia Independente de Polícia Militar.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da 28ª CIPM, depois de atender a uma ocorrência de furto em um hotel da cidade, a Guarnição teria sido impedida de estacionar na porta da Delegacia Territorial em razão de um veículo, que pertence à vice-prefeita de Morpará estar no local.

Os Policiais Militares envolvidos na ocorrência, segundo a Assessoria de Comunicação da 28ª CIPM, teriam negociado e conseguido estacionar e conduzir o suspeito – que foi detido por populares e entregue aos PMs – para as dependências da Delegacia para as providências de praxe, quando foram surpreendidos pela reação da vice-prefeita, que “visivelmente alterada” teria insultado, usando inclusive palavras de baixo calão, os Policiais, particularmente uma Policial Militar. A situação teria obrigado, segundo ressaltou a Assessoria da 28ª CIPM à reportagem do JS, após ter sido dado ordem de prisão por desacato e desobediência, que a vice-prefeita fosse algemada “para proteger sua integridade física e a dos Policiais Militares”.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da 28ª CIPM, teria sido lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência e por ser um crime de pequena monta, Solange Pereira Martins de Novais responderá por desacato a autoridade em liberdade, podendo, conforme normatiza o Artigo 331 do Decreto-Lei 2.848/40 (Código Penal), ser condenada a pena de seis meses a dois anos de reclusão ou multa.

Outro lado

Ouvida por telefone pela reportagem do JS, a vice-prefeita de Morpará, Solange Pereira Martins de Novais (PSB), contradisse a versão da Polícia Militar.

Segundo a socialista, na madrugada do domingo, por volta de 01hs40, uma senhora teria atacado seu veículo (empurrando e balançando) que estava estacionado. Ato continuo, segundo relatou, teria se dirigido à Delegacia Territorial para registrar um Boletim de Ocorrência. Como o Delegado Plantonista não estivesse no local, ficou aguardando quando uma equipe da Policia Rodoviária Federal chegou e teria sido atendida, o que a deixou chateada. “Logo em seguida chegaram os Policiais Militares e como vi que seriam atendidos antes de mim, liguei para o Delegado, o que provocou uma reação dos PMs que passaram a zombar da situação e fecharam a porta quando tentei adentrar a uma sala. Me senti desacatada e agredida e acabei falando, principalmente a uma Policial Militar que retrucou, algumas verdades”, afirmou.

Solange Novais continuou afirmando que foi agredida verbalmente e fisicamente (teria sido empurrada) pela Policial Militar e que reagiu, na mesma medida, reconhecendo também ter empurrado a PM para se defender.

Disse ainda ter sido algemada em um só pulso e que tão logo o Delegado Plantonista chegou foi ouvida e liberada imediatamente.

Indignada, Solange Novais negou que estaria com sinais de embriaguez como relatado pela Polícia Militar. “Se houvesse indícios de que eu estaria embriagada não tenho dúvidas de que teria sido pedido um exame (alcoolemia) ou solicitado a realização do Teste do Bafômetro. Tanto essa versão não condiz com a verdade que fui ouvida pelo Delegado e liberada imediatamente, sem qualquer restrição, nem mesmo foi arbitrado ou feito pagamento de fiança”, apontou.

Solange Novais disse que vai responder a qualquer interpelação com serenidade e certa de que, embora reconheça ter se excedido ao responder às agressões (física – ao ser empurrada – e verbal) da Policial Militar. E concluiu afirmando que pretende adotar medidas na esfera judicial para reparar os danos que sofreu e continua sofrendo com a divulgação do episódio e foi incisiva ao apontar que os Policiais Militares, envolvidos na ocorrência, demonstraram despreparo e agiram abusando do poder e da autoridade, o que entende não ser uma orientação e um comportamento da Instituição.

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