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Adolescente com suspeita de febre maculosa morre em Campinas (SP)

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Três casos de morte pela doença, transmitida pelo carrapato, já foram confirmados por pessoas que passaram por Campinas. Caso da jovem aguarda resultados de exames

Por: Janine Gaspar/Brasil 61

A Secretaria de Saúde de Campinas, no estado de São Paulo, foi notificada na noite de terça-feira (13) sobre a morte de uma adolescente de 16 anos que estava internada em um hospital particular do município com suspeita de febre maculosa, doença que é transmitida pelo carrapato. O caso é o quarto no estado e está em análise no Instituto Adolfo Lutz. 

A jovem compareceu ao mesmo evento em uma fazenda em Campinas do qual participaram as outras três pessoas que morreram em consequência de complicações da doença, conforme confirmou a Secretaria Municipal de Saúde também na terça.

A febre maculosa é uma doença bacteriana que tem o carrapato como agente transmissor. Febre, dor de cabeça e manchas no corpo estão entre os principais  sintomas, o que faz a doença ser confundida com outras enfermidades, como dengue, meningite e até mesmo a Covid-19. 

O tratamento rápido é essencial para evitar a evolução da doença, como explica a pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, Elba Regina. “É uma doença que se não for identificada precocemente, no tempo certo para iniciar o tratamento, o paciente pode evoluir para óbito. Ele vai morrer, porque a bactéria destrói toda a parede do vaso”, explicou.

A especialista recomenda que antes mesmo do diagnóstico, que deve ser feito por exame PCR, se o profissional de saúde observar os sintomas e que o paciente esteve em área rural ou foi picado por carrapato, deve começar o tratamento com antibiótico. Essa medida é essencial para evitar que a febre maculosa se agrave.

A doença não é transmitida entre seres humanos. Para prevenir, é importante ficar longe do carrapato que transmite a bactéria causadora da febre maculosa. É recomendado usar roupas compridas e botas ao andar em áreas arborizadas e gramados, evitar andar em locais com vegetação alta, usar repelentes e retirar os carrapatos dos animais domésticos e do próprio corpo da forma adequada.

Foto de Capa: Divulgação/Prefeitura de Jundiaí

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