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Alerta: antecipação de perícias para concessão do BPC pode atrair tentativa de golpes

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Mais de 409 mil pessoas estão na fila para avaliação do benefício

Por Yumi Kawano

Após a antecipação feita pelo INSS de mais de 9 mil perícias para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), muitos segurados estão com dúvidas se estão na lista de convocados e em alerta para não cair em golpes. De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social, mais de 409 mil pessoas estão na fila do BPC e mais da metade (256 mil) aguardam há mais de 45 dias — tempo máximo de espera. 

A princípio, foram chamados os cidadãos que estão com mais de 100 dias de espera. O especialista em direito previdenciário Rodolfo Ramer explica que a medida é para dar celeridade ao procedimento concedido às pessoas com deficiência. 

“É como se fosse uma agenda extra, ele está chamando as pessoas, ligando e adiantando essa perícia médica. Ele faz o seguinte, vai entrar em contato com a pessoa através do Meu INSS ou de um SMS, e aquela pessoa que tem uma perícia agendada há mais de 45 dias pode ser convocada”, afirma. 

O especialista alerta ainda sobre a importância de manter os dados atualizados no sistema e que, ao confirmar a perícia, não comparecer pode fazer com que ela tenha o benefício negado. Para a avaliação pericial presencial é preciso levar atestado, resultado de exames, laudos, receitas e demais documentos que possam auxiliar na comprovação.

Segurança 

Os números utilizados pelo instituto para envio de SMS são: 29230, 27030 e 92716. Para confirmar se o contato ou mensagem que recebeu partiu mesmo do órgão, é possível também buscar a informação com o próprio INSS, pelo número de telefone 135. O advogado Rodolfo Ramer reforça que o órgão nunca irá pedir dinheiro ou informações pessoais.  

“A pessoa não deve fazer transferências, pix, passar qualquer valor para qualquer pessoa que peça, porque o INSS não faz esse tipo de abordagem. E principalmente, se o INSS entrar em contato através do telefone, aquele funcionário que vai fazer a fala e não você”, explica. 

Pode requerer o BPC, pessoa com deficiência e renda familiar de até 1/4 do salário-mínimo per capita, calculada com as informações do Cadastro Único (CadÚnico). O valor do benefício é de um salário mínimo e para receber não é necessário ter contribuído para o INSS. 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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