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Alunas da Capacitação de Domésticas se apresentam em festival

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Por Ascom IDSB

 

Durante todo o dia da sexta feira, 14, foi realizado o tão esperado I Festival de Boas Práticas Funtrad (Fundo de Promoção do Trabalho Decente), cujo objetivo principal foi dar visibilidade aos projetos sociais que tenham como base um os eixos que regem o Trabalho Decente e buscar implementar ações que assegurem conquistas como trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança para o trabalhador baiano. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano (IDSB) este presente porque está realizando a Capacitação de Trabalhadores Domésticos, que contempla esses eixos, pois o trabalho doméstico é uma das prioridades do Trabalho Decente.

Na abertura do evento, às 09h30, houve a chocante apresentação artística do grupo Focus Moda, que retratou a realidade do povo negro, o quanto sofrem por preconceito e por tanta violência. Após, representantes do Ministério Público do Trabalho, do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região; e da Associação de Magistrados da Justiça do Trabalho da 5ª Região, discursaram sobre o quanto são necessárias ações que fortaleçam o Trabalho Decente, afirmando que a justiça repudia e julga atos que sejam contra essa premissa. Ao fim, o ex-secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos relembrou como surgiu o Funtrad. Já o atual secretário, Vicente Neto, fez questão de externar que, em contato recente com o Governador Rui Costa, este garantiu a continuidade das políticas de trabalho e geração de renda na Bahia, mesmo que seja extinto o Ministério do Trabalho.

Então, ao fim das falas, chegou o momento das instituições, cujos projetos foram financiados pelo Funtrad, se apresentarem. Na ocasião, quatro alunas da capacitação promovida pelo IDSB representaram as colegas das cidades onde a qualificação está acontecendo, e fizeram uma bela apresentação artística, com requintes de improviso, o que deixou o momento ainda mais emocionante.  Ana Paula, de Guanambi, representou uma discente que contava as novidades do curso por telefone para uma amiga. Jeane, de Poções, cantou a capela, e levantando o público, com a música da cantora baiana Pitty, Desconstruindo Amélia; Já Martiele, de Caetité, fez uma bela coreografia da música Somos Todos Um, do cantor, também baiano, Netinho. Por último, Luciana, de Vitória da Conquista, recitou um belo cordel de autoria de uma das professoras do curso, da cidade de Guanambi (Rosangela) que retratou muito bem tudo o que as alunas aprendem no curso.

Alunas em apresentação no Festival.

As alunas não esconderam a alegria em poder fazer a apresentação tão bonita, mesmo com o nervosismo natural, perante um público composto de pessoas desconhecidas. Para Ana Paula, foi um dia de grandes momentos, “tive uma experiência muito grande! Pude saber um pouco mais dos projetos do Governo do Estado da Bahia. Me impressionou muito por causa dos conhecimentos que tive. Aprendi muito! Quero que o Governo não desista. Porque muitas pessoas carentes dependem desses projetos para crescerem profissionalmente”, disse.

Coordenado pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado (Setre), o Funtrad direcionou R$ 4,7 milhões para as entidades que executam os projetos apresentados, voltados a públicos como o de agricultores, pescadores, catadores de materiais recicláveis, mulheres e jovens negros. O fundo é de natureza contábil-financeiro criado, em 2011, pelo Governo do Estado para captar recursos, provenientes de fontes diversas, exclusivamente para colaborar na implementação de ações de promoção do trabalho decente no estado da Bahia.

“Tudo começa com a agenda do trabalho decente, um esforço que reúne todos os organismos sob a secretaria para uma agenda de interesse comum de identificação de prioridades para melhoria das condições de trabalho. E, a partir do contato com outras experiências, vimos que havia uma possibilidade de transferir recursos que anteriormente eram destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador. Então, esses recursos, em vez de serem colocados num fundo de difícil acesso, foram para um fundo próprio, onde fosse atribuído de iniciativas do próprio Estado”, disse Nilton Vasconcelos em entrevista, ao ser questionado sobre a origem do Funtrad.

No final do evento, as alunas do IDSB, que fizeram a apresentação, falaram sobre os benefícios da capacitação, todas relataram que o curso agregou muito conhecimento em suas vidas. Vejamos:

Jeane – “Mudou bastante coisa, aprendi meus direitos e deveres, é vou buscá-los como trabalhadora doméstica”.

Martiele – “Aprendi que trabalhando numa casa você pode encontrar um idoso e como cuidar dele, de uma criança e conviver com as pessoas”.

Luciana – “Além dos direitos e deveres aprendemos sobre o respeito, a fazer com que as pessoas nos respeitem, e aprendi a respeitar também aos outros, de cada jeito e da forma que são”.

Ana Paula – “Aprendi muito, porque vivenciei o trabalho infantil desde os sete anos. Agora me sinto determinada a seguir com essa qualificação e fazer a diferença no mercado de trabalho”.

Para a Diretora do IDSB, Wilde Soares. Que acompanhou a delegação, “foi um momento de aprendizado e troca de experiência, que fortalece o nosso trabalho, e reafirma a importância de juntos continuarmos lutando para que a união e estado priorizem, na próxima gestão, recursos para a qualificação profissional dos trabalhadores e trabalhadoras que mais precisam acessar o mercado de trabalho”, concluiu.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745