No Dia Nacional da Mamografia, especialista reforça a importância do diagnóstico precoce e das alternativas seguras para gestantes e lactantes
Por Comuniquese
O Dia Nacional da Mamografia, celebrado em 5 de fevereiro, reforça a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, a neoplasia maligna mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. A data também é uma oportunidade para discutir os desafios específicos enfrentados por gestantes e lactantes, que precisam de atenção especial quando se trata da saúde mamária.
Embora a mamografia seja o exame padrão-ouro para a detecção precoce da doença, sua realização durante a gravidez e a amamentação levanta dúvidas e preocupações. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), aproximadamente 66 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados anualmente no Brasil e, em 2024, foram registrados cerca de 73.610.
O câncer de mama gestacional, que ocorre durante a gravidez ou no primeiro ano pós-parto, representa de 1% a 3% de todos os casos da doença e pode apresentar desafios no diagnóstico devido às alterações hormonais que modificam a estrutura das mamas.
Diante dos desafios dos diagnósticos, quais são as alternativas seguras?
Durante a gestação e a lactação, o tecido mamário passa por mudanças naturais, tornando a avaliação clínica e por imagem mais complexa. A mamografia, por utilizar radiação ionizante, não é o exame de primeira escolha para gestantes, sendo recomendada apenas em situações específicas.
Para o Dr. Gil Facina, Mastologista, “a ultrassonografia mamária é o exame complementar inicial, por ser seguro e eficaz, e permite avaliar possíveis nódulos e alterações suspeitas. Já a ressonância magnética não é recomendada, pois para a avaliação de tumores mamários haveria necessidade do uso de contraste, porém este não deve ser usado em gestantes.” Afirma o especialista.
Embora a mamografia possa ser realizada durante a amamentação, algumas precauções são recomendadas para melhorar a qualidade da imagem e garantir o conforto da paciente. Especialistas indicam que esvaziar as mamas antes do exame, por meio da amamentação ou extração do leite, pode facilitar a visualização do tecido mamário. A radiação utilizada é mínima e não afeta a composição do leite materno, permitindo que a amamentação continue normalmente após o procedimento.
A detecção precoce do câncer de mama melhora significativamente as chances de sucesso no tratamento. Para isso, especialistas recomendam que mulheres gestantes e lactantes fiquem atentas a sinais como caroços persistentes, retração da pele, secreção sanguinolenta pelo mamilo e dor localizada ininterrupta. O acompanhamento pré-natal deve incluir avaliações regulares da saúde mamária, e a amamentação pode ser mantida, salvo contraindicação médica.
O Dia Nacional da Mamografia é um lembrete essencial para que todas as mulheres, independentemente do momento de vida, priorizem a saúde das mamas e busquem acompanhamento médico regular. O acesso à informação e ao diagnóstico precoce pode salvar vidas.
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