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Aprender idiomas na infância é mais proveitoso e eficiente, e existem motivos para afirmar isso

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Estudos revelam que vantagens começam na formação cerebral das crianças

Por: Flávia Viana/Conversion

Ouvir de familiares, amigos e professores que aprender idiomas é um dos melhores investimentos a se fazer na educação dos filhos virou clichê. Na infância, fazer isso é muito mais proveitoso e efetivo do que na fase adulta, seja pela facilidade que as crianças têm para assimilar novas línguas ou pela capacidade de aprendizado cientificamente maior. 

Segundo uma pesquisa publicada na revista científica The Journal of Neuroscience, existe um momento crítico na formação do cérebro humano – entre 2 e 4 anos, período do ápice da conexão entre os hemisférios do córtex cerebral –, no qual elementos externos influenciam mais no desenvolvimento cognitivo e no aperfeiçoamento da linguagem.

Especialistas afirmam que os pequenos, sobretudo nessa faixa etária, costumam ter um nível de compreensibilidade superior, em comparação aos adultos, podendo assimilar mais de um idioma. Dados mostram que, quanto antes acontecer o contato com línguas diferentes da língua materna, mais natural é o aprendizado.

Os benefícios dessa experiência estão associados à melhora da comunicação, nos aspectos intelectual e emocional, e à contribuição para a socialização de jovens. Um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, mostra que pessoas que falam mais de um idioma têm facilidade em conciliar tarefas ao mesmo tempo.  

Essa tese é reforçada ainda mais pela pesquisa The Cognitive Benefits of Being Bilingual, que revela que, ao se apropriar de uma nova linguagem, o ser humano cria possibilidades de se inserir em diferentes contextos socioculturais de diversos países. 

Durante a infância, é como se o cérebro estivesse configurado e com maior aptidão para  identificar idiomas paralelamente, o que faz com que os ambientes cultural e linguístico nos quais as crianças estão sejam essenciais. Além disso, já é consenso científico que investir em educação significa garantir oportunidades pessoais e profissionais no futuro, formando adultos bem preparados para enfrentar situações reais do cotidiano. 

As metodologias de ensino são aplicadas nas grades curriculares tradicionais e em ambientes alternativos, como em aulas particulares e cursos com métodos próprios. O fato de as crianças absorverem com rapidez as estruturas gramaticais e fonéticas faz com que o formato, muitas vezes, seja voltado para a modelagem, no qual o conteúdo é passado por meio de imagens, músicas, jogos e leituras lúdicas, por exemplo. 

No Brasil, não se pode esquecer que, desde o ano letivo de 2020, a legislação prevê a obrigatoriedade do inglês para crianças e adolescentes a partir do 6º ano do Ensino Fundamental, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). O prazo foi determinado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento aprovado em 2018, que redefine o conteúdo mínimo das escolas da rede pública.

Foto de capa: Divulgação

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745