Por: Mariany Bittencourt
Para os estudantes, janeiro foi um momento de relaxar e de curtir com familiares e com amigos. Porém, para além da diversão, esse mês foi também uma oportunidade para observar, mais de perto, como anda a educação dos pequenos e como está a dinâmica familiar, como um todo.
Um dos aspectos observados nesse período foi sobre a autonomia das crianças. Nesse contexto, vale compreender o que é independência, considerando as faixas etárias.
“Quando falamos de independência, precisamos compreender independente do quê. Muitas vezes, quando estamos tratando de crianças e de adolescentes, notamos alguns tipos de comportamento como aqueles de cuidado pessoal, de cuidar da própria cama, do quarto, de deixar as coisas arrumadas, de escovar os dentes sem ninguém pedir. Esses são hábitos que a gente constrói e os pequenos vão ficando mais independentes a partir da repetição. Daí, não temos mais que lembrá-los o tempo todo de guardar as roupas, de guardar os sapatos e brinquedos”, afirma Leticia Lyle – cofundadora da Camino Education, diretora da Camino School e da Cloe.
Segundo a educadora, a outra forma de independência refere-se à capacidade da criança de brincar, de se divertir, de se entreter sozinho, ou seja, de saber das coisas que gosta e sabe fazer. E para além disso, de gostar da própria companhia, o que tem pouco (ou nada) a ver com autossuficiência ou individualismo. “Ser capaz de brincar bastante com outras crianças e de fazer isso individualmente, sem a necessidade de ter um adulto mediando ou mesmo outros amigos por perto, são sinais claros de autonomia afetiva”, esclarece.
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