Cidades com mais casos são Correntina (1.015 registos) e Coração de Maria (830 registros).
Por G1 BA
Um levantamento divulgado Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), nesta quarta-feira (3), aponta que os números de casos de dengue na Bahia, neste primeiro semestre, é quase sete vezes maior que o mesmo período de 2018.
De acordo com a Sesab, foram notificados mais de 40 mil casos de dengue entre 345 cidades baianas nos seis primeiros meses de 2019. A secretaria não detalhou qual o balanço do ano passado.
Os municípios com mais casos da dengue este ano são Correntina, no oeste, com 1.015 casos, e Coração de Maria, a cerca de 114 km de Salvador, que teve 830 registros de dengue.
A Sesab informou ainda que houve 38 notificações de mortes suspeitas de estarem relacionadas à doença. Desse total, 20 casos já foram confirmados através de exames laboratoriais.
A cidade que teve mais mortes mortes foi Feira de Santana, com oito casos. Uma delas foi uma garotinha de 5 anos.
Em Salvador, uma menina de 7 anos morreu em decorrência do tipo mais grave da doença, a dengue hemorrágica, após ficar três dias internada no Hospital Martagão Gesteira.
O estado também teve crescimento nos registros de casos de zika virus. Ano passado foram registrados 781 casos, e este ano foram 927 – um crescimento de 12%. A Sesab informou ainda que os registros de chikungunya caíram pela metade, mas não detalhou números.
Aumento significativo
Entre o início dos meses de maio e junho, o número de notificações de dengue na Bahia teve um aumento de mais de 25 mil casos, de acordo com a secretaria.
Até março, eram 5 mil notificações no estado. No entanto, na segunda semana de maio o número passou para 22 mil. No dia 31 do mesmo mês, a balanço fechou em quase 32 mil casos, uma média de 211 ocorrências por dia.
Risco de surto
Ainda em junho, o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019, do Ministério da Saúde, apontou que 104 cidades baianas estavam em situação de risco de surto de dengue, zika e chikungunya.
O estudo separou as cidades em níveis de risco, alerta e satisfatório. Segundo o levantamento, realizado entre janeiro e março, Salvador e os outros 103 municípios baianos estão em estado de alerta para as doenças.
O resultado da pesquisa deste ano representa um aumento em relação ao estudo divulgado em dezembro de 2018. Na época, apenas 69 cidades baianas tinham risco de surto das doenças – 35 municípios a menos.