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Bancários não cedem à pressão dos bancos e a greve continua

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A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) tomou uma atitude desrespeitosa na última quinta-feira (15), durante a reunião do Comando Nacional dos Bancários. As instituições financeiras insistiram em promover o rebaixamento salarial da categoria, com um reajuste 2,62% abaixo da inflação.

Na tentativa de enfraquecer a luta, os banqueiros apelaram para o assédio moral e ameaça aos funcionários. O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região recebeu denúncias durante toda a manhã desta sexta (16) sobre o Bradesco e o Santander, por estarem pressionando os bancários por meio de ligações, para que voltassem aos seus postos de trabalho.

A greve é um direito garantido pela Constituição, pois é o a única forma dos trabalhadores organizados pressionarem os patrões após uma negociação fracassada. A categoria bancária tem tentado negociar desde o dia 9 de agosto, data quando foi entregue a pauta de reivindicações Fenaban.

A pauta cobra das instituições financeiras mais contratações, fim das metas abusivas, mais investimentos em segurança, reajuste salarial com reposição da inflação, aumento real, entre outros pontos fundamentais para a garantia do emprego e da remuneração.  A cobrança se justifica, pois somente no primeiro semestre deste ano, os cinco maiores lucraram R$ 29,7 bilhões, o que os coloca como as empresas que mais lucram no Brasil. 

Diante disso, a greve deve continuar na próxima semana até que uma nova proposta seja feita pela Fenaban. “Diante do desrespeito e da frustração dos bancários e da população – que aguardaram uma proposta dos bancos que atenda às necessidades da categoria -, a única opção é a manutenção e o fortalecimento do movimento grevista”, afirma o presidente do Seeb/VCR, Paulo Barrocas.

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