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Biografia Mestre Binha

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JOÃO RIBEIRO COELHO

 MESTRE BINHA

 (Músico/Maestro da Lira Ceciliana)

*08/12/1915†05/09/2001

João Ribeiro Coelho, Mestre Binha, foi um músico consagrado. Veio para Brumado ainda muito jovem, a convite de Dr. José Borges Sampaio, Dr. Sampaio, fundador da filarmônica Lira Ceciliana Brumadense, para o exercício de maestro dessa banda e professor de música.

Mestre Binha, além de músico competente e famoso era compositor. Aos dez anos de idade, já demonstrava aptidão para música. Escrevia dobrados, dentre eles Padre José Dias (vigário local), Benedito Ramos (músico da Lira), 1º de Maio, Dr. Jaime (funcionário da Magnesita), Dois Corações, José Carvalho (comerciante local), Dr. Sampaio (fundador da Lira)Dr. Juracy (ex-prefeito e patrocinador da Lira), Arnulfo (músico da Lira) Campeão, Lampião e outros. Proporcionou o ensino da música aos seus alunos com prazer e competência. Músico nato  dedicou a sua vida a esse ofício. Ao completar 40 anos de LIRA, recebeu homenagem com menção honrosa pelo trabalho executado.

Nasceu em Barra da Estiva, em 8 de dezembro de 1915.  Filho de Martiniano Alves Coelho e  Virgínia Ribeiro Coelho. Único filho varão que  compunha a prole do casal com as irmãs: Estelita, Odete Zulmira e Noêmia.

Viveu a sua infância e adolescência em Barra da Estiva, na fazenda Cachoeirinha. Cursou apenas o primário completo. A sua vocação era a música que  realizava pelo prazer do exercício dessa arte que lhe dava alegrias e preenchia sua alma de vocacionado. O trombone era o instrumento da sua preferência, contudo tocava vários instrumentos. Em Barra da Estiva foi membro da Filarmônica 22 de julho e depois  seu maestro.

Casou-se com Júlia Pereira em cerimônia religiosa na Igreja Católica, na cidade de Barra da Estiva, em 12 de outubro de 1952, ato celebrado pelo Padre Antônio da Silveira Fagundes pároco de Brumado (presente nessa época na freguesia de Barra da Estiva). Com o casamento ela passou a assinar Júlia Pereira Coelho. Dessa união nasceram sete filhas: Maria do Carmo, Helena Aparecida, Virgínia, Jalúcia, Ednalva (1965), Rita de Cassia e Luciana, todas formadas em Magistério.

Professava a religião católica com fervor e fé inabalável. Era assíduo aos atos litúrgicos da igreja. Assistia  missas pela TV e não perdia uma celebração aos domingos na   igreja que frequentava. Era uma pessoa muito religiosa.

Acreditava piamente nas coisas de Deus.  A Bíblia era o seu guia. Devotava grande amizade ao  padre Antônio da Silveira Fagundes, pároco local.

 Tinha como lazer a leitura, de preferência a Bíblia, livro de cabeceira, ao qual recorria diariamente, nas suas reflexões religiosas.

Com relação à política, era apenas eleitor. Era um homem introspectivo, discreto e reservado, de pouca conversa, sem afetação, porém muito observador. Apesar de ser calado, não perdia oportunidade de bater papo com os amigos na praça de prefeitura. Ouvia mais do que falava, porém se informava dos acontecimentos. Fez diversos amigos, entre eles os componentes da Banda, seus alunos, o Dr. Sampaio e seu Quinquinha,  entre outros. 

De vida metódica, pacífico, humilde e calmo, cultuava o silêncio que lhe proporcionava a inspiração para escrever os seus dobrados e fazer as suas orações. Vivia em harmonia com a família, com alegria e amor devotado a sua prole numerosa de sete filhas, além da esposa que compartilhavam as suas idiossincrasias. Homem honesto e justo deixou o exemplo de cidadão que cumpriu com o seu dever social e familiar.

Adotou Brumado como a cidade do seu coração. Foi funcionário da Magnesita S.A. até se aposentar. Recebeu dessa empresa, em maio de 1980, homenagem com uma medalha de prata por sua dedicação.

Em homenagem ao Mestre Binha, far-se-á  a seguinte transcrição: “A emoção é o apogeu da existência e a música, apogeu da emoção, é a única arte que pode erguer a criatura ao seio altíssimo do Criador! Que seria de nós, se a música não existisse?”. (Olga Pedrário).

João Ribeiro Coelho – Mestre Binha – Faleceu no dia cinco de setembro de 2001 e encontra-se enterrado no cemitério municipal Jardim Santa Inês. O cortejo fúnebre teve a participação da Lira Ceciliana Brumadense, tocando o dobrado da sua predileção – Senhor do Bonfim.

Mestre Binha foi um exemplo de profissional, de músico competente, de compositor, de esposo amoroso, pai exemplar. Deixou um legado insofismável de honradez e dignidade para  a família e os pósteros.

Fontes: Informações dos familiares.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745