A Mata Atlântica teve a maior redução nos focos de incêndio, com queda de 39,3%
Por: Nathália Ramos Guimarães
O Brasil registrou uma queda de 3,49% no número de focos de queimadas entre janeiro e julho de 2022, quando comparado ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O levantamento abrange os seis biomas brasileiros: Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Caatinga e Pampa. Deles, a Mata Atlântica teve a maior redução nos focos de incêndio, com queda de 39,3%.
A operação Guardiões do Bioma – Combate a queimadas e incêndios florestais é uma das medidas utilizadas para combater os focos de queimadas no Brasil. Ações para combater o fogo, investigações de crimes ambientais e uso de equipamentos de contenção de incêndios, como reboques e drones, estão entre os métodos aplicados. A ação está na segunda edição, e deve continuar até janeiro de 2023, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O Tenente Coronel Denilson, comandante do grupamento de proteção ambiental, explica que para combater os focos de queimadas, primeiro é necessário identificar as causas. “O uso do fogo para limpeza prejudica bastante as incidências de incêndio florestais. Então o uso de fogo para limpeza de folhas, podas, ou mesmo de vegetação um pouco mais altas nas redondezas das propriedades acabam provocando incêndios, né. A falta de aceiro, de uma preparação para a prevenção desses incêndios também acabam sendo prejudiciais”, afirma.
Segundo o Coronel, quando a queimada está em curso, as ações para o combate são diretas. “Com utilização de viaturas, caminhões com água, e também temos recursos aéreos, seja de helicópteros ou aeronaves que despejam água no incêndio”, ressalta.
Mas ele ressalta que a melhor estratégia de combate aos focos de incêndio é a prevenção, como com o uso de aceiros, faixas limpas onde a vegetação é retirada para prevenir a passagem do fogo: “eles devem proteger as propriedades, edificações, casas, galinheiros, até mesmo a cerca”.
Foto de capa: José Cruz/Agência Brasil