Setor tem crescido no país: segmento gerou R$ 76,7 bilhões em investimentos privados nos últimos dez anos, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar)
Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que o país acaba de ultrapassar a marca recorde de 14 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos. E o setor tem crescido no país: o segmento gerou R$ 76,7 bilhões em investimentos privados nos últimos dez anos.
De acordo com projeção realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a capacidade instalada poderá dobrar até o início de 2023. A vice-presidente da Absolar, Bárbara Rubim, salienta que o consumidor está colocando na balança o melhor equilíbrio entre custo e benefício.
“Cada vez mais os brasileiros têm decidido gerar sua energia a partir do sol e receber um desconto equivalente na sua conta de luz. De 2012, que foi quando essa possibilidade surgiu, até hoje, mais de 1,5 milhão unidades de consumidores se beneficiam da geração própria de energia”, destaca a gestora. “Produzindo então energia a partir de uma usina que pode estar instalada num solo, no telhado de uma casa, de um comércio, de um prédio público e recebendo o desconto na sua conta no final do mês”, explica.
A Energia Solar Fotovoltaica é gerada a partir da luz solar, captada mesmo em dias de chuva ou com céu nublado. Quanto maior for a radiação solar, maior será a quantidade de luz produzida. O mercado de Energia Solar Fotovoltaica iniciou-se no Brasil para valer em 2012, com a regulamentação da Resolução Normativa 482. A lei é responsável por criar as regras da geração distribuída no território nacional, um marco legal no setor.
Números da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica apontam, que potência instalada, os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar, com 48,4%. Já as indústrias têm 6,8%. A instalação desse tipo de fonte para abastecimento elétrico nos lares, comércio ou zona rural permite uma economia que varia de 50% a 95% na conta de luz, conforme informa a associação.
O investimento feito para instalação de placas solares é pago pelo dinheiro economizado com a redução de gastos. Essa possibilidade de redução significativa no consumo de energia solar foi o que atraiu a atenção de um dos sócios de uma empresa de metalurgia no interior de Goiás, Alex Braga.
“É um investimento caro, dependendo, lógico, do tamanho da fonte, mas é um investimento que se paga rápido. E quando você quitar essa dívida, sabendo que não vai pagar mais energia, é um custo a menos”, avalia.
Entre as principais motivações apontadas para o uso crescente de telhados com placas solares está o alto custo da energia elétrica no país e a vontade de consumir uma energia mais limpa e sustentável.