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Brasil está entre os piores países do mundo em facilidade para abrir novas empresas

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Este processo é desafiador tanto pela burocracia como também pela falta de estabilidade do mercado

 

Por Rafaela Gonçalves/ Agência Brasil 61

 

O Brasil está entre os 15 piores países do mundo em facilidade para abrir novas empresas, segundo o estudo do Banco Mundial. Este processo é desafiador tanto pela burocracia como também pela falta de estabilidade do mercado, com algumas barreiras que podem deixar esse processo um pouco mais longo do que se imagina. Esses fatores podem desanimar muitos empreendedores.

A especialista em empreendedorismo, Juliana Guimarães, pontuou algumas dificuldades enfrentadas por quem tem o desejo de ter seu próprio negócio. “Sabemos que aqui no Brasil muitos de nós começamos a empreender não por oportunidade, mas por necessidade. O cenário agora, inclusive impactado por uma crise sanitária, acaba induzindo o novo empreendedor, empreender sem ter tido um tempo razoável para se planejar e fazer o processo de transição”, avaliou.

Apesar dessas barreiras, existem 5 cidades que se destacam quando o assunto é empreendedorismo no Brasil. São Paulo se sobressai pela disponibilidade de recursos, seguida de Florianópolis, Vitória, Curitiba e Joinville, que ganharam o mercado pela inovação e capacitação como polos de negócios. Completando o top 10 temos ainda Rio de Janeiro, Campinas, Maringá, Belo Horizonte e São José dos Campos.

Como campeã do ranking, a capital paulista é a primeira megalópole brasileira e como principal ponto positivo a disponibilidade de recursos para investir nas empresas, o que é fundamental para a continuação dos negócios. Na escala de 0 a 10, a cidade apresentou nota 9,8.

Fundador de uma agência do ramo de entretenimento, eventos e cultura em São Paulo, André Henrique Zavarize, 39 anos, contou que no início a dificuldade financeira foi uma das maiores barreiras para iniciar o seu empreendimento e o planejamento o ajudou a vencer essa primeira etapa.

“Fiz um mapeamento muito antes de abrir a Zaz, analisei absolutamente tudo o que eu via de certo e errado nos processos, seja no atendimento, produção, condução, evento e pós evento. Quando abri a empresa já tinha uma visão clara do que precisava entregar”, disse.

Idealizador dos serviços de entrega Tal da Bebida e do Cloud Delivery, o empresário Guilherme Sette, de Brasília, driblou a concorrência do mercado para abrir o seu negócio. “Estava administrando um custo colossal de motoboy que não conseguia reduzir sem perder qualidade no atendimento, tempo de entrega e tudo isso. Então a gente foi desenvolvendo hipóteses, acompanhando possibilidades até chegar nesse modelo que a gente patenteou”, disse.

Pesquisando aplicativos que oferecem um serviço parecido, Sette uniu tudo que funcionava no mercado e compilou no seu modelo de negócio, que consiste em um carro refrigerado que fica posicionado em pontos estratégicos com maior demanda, com uma proximidade maior do consumidor e com todo o estoque a pronta entrega.

Entre os índices analisados para o ranking de cidades empreendedoras estão: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. Mesmo diante do cenário desfavorável houveram avanços que facilitaram o empreendedorismo no País. Em 2019, o Brasil foi o 36º País que mais avançou em liberdade econômica, alcançando a 144º posição no ranking da Heritage Foundation. A desburocratização promovida pela Lei da Liberdade Econômica, o País inverteu a trajetória de queda que já durava quase 15 anos.

Foto de Capa: Agência Senado.

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