Por Joana D’arck
“O Brasil mudou muito nos últimos 500 dias; mudou para pior. Esse tempo da prisão do ex-presidente Lula não significa só a prisão dele, mas prisão do futuro do país, que esses golpistas cometeram. Por isso, libertar Lula é libertar também um horizonte no qual o Brasil possa repensar o seu futuro”, defendeu o deputado estadual Zé Raimundo, ao repercutir no plenário a marca dos 500 dias de prisão do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva. Mais do que um protesto, o parlamentar atacou ferrenhamente o presidente Jair Bolsonaro, que segundo ele, governa de improviso, sem projeto político e compromisso com futuro do país e promovendo o maior desmonte do patrimônio nacional, com tal sanha privatista que o Brasil acabará virando “uma feira de esquina”.
Tantas são as loucuras promovidas pelo atual presidente da República, que nem os seus seguidores fazem ideia do que está por vir, segundo deputado , alertando que o país passa por tal desmonte e retrocesso que pode voltar ao século XIX. “Ao invés de um estadista, temos um presidente que virou um fenômeno mundial, tal é o seu desequilíbrio, tais são as loucuras que ele tem feito e tem chamada atenção da opinião pública, da crítica mundial; isso, em todas áreas. É uma loucura total que a gente nem pode caracterizar como sendo liberal ou de direita, porque a direita historicamente tinha um princípio, um programa”, disparou o deputado.
Zé Raimundo também protestou contra o fato do presidente indicar o próprio filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, para a ocupar o cargo de embaixador dos Estados Unidos, a maior potência mundial, ignorando o Itamaraty, que é uma escola de longo prazo, que prepara muitos intelectuais, estudiosos das questões conjunturais e também estratégicas de relações internacionais para os próximos 30 a 40 anos.