26 das 27 unidades da federação registraram queda na taxa de desocupação, entre elas Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais
Por Nathália Ramos Guimarães
Em 2023, o Brasil registrou uma taxa de desocupação anual de 7,8%, apresentando uma queda de 1,8% na comparação com a média do ano anterior. No país, a população desocupada no ano totalizou 8,5 milhões de pessoas, caindo 1,8 milhão (-17,6%) em relação a 2022. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação (UFs) registraram queda na taxa de desocupação, entre elas Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais.
Veja as taxas de desemprego dessas UF’s por ano:
“Praticamente todos os estados apresentaram um quadro de redução do desemprego. São Paulo liderou esse contingente com cerca de 11,4 milhões de pessoas empregadas, representando 24% da força de trabalho do país. Foi a menor taxa de desemprego dos últimos nove anos no estado”, destaca o economista Cesar Bergo.
De acordo com o economista, esse cenário foi impulsionado por setores chave da economia paulista, como serviços, indústria e comércio. Além disso, ele ressalta que investimentos em infraestrutura e políticas de fortalecimento de empreendedorismo desempenham um papel decisivo no estado.
Em 2023, 60% da ocupação no país foi atribuída a seis estados distintos, sendo eles: São Paulo (24,3%), Minas Gerais (10,7%), Rio de Janeiro (8,1%), Bahia (6,0%), Paraná (5,9%) e Rio Grande do Sul (5,8%).
“Esse cenário no estado mineiro foi propiciado pelo crescimento econômico de setores estratégicos, como mineração, agricultura e serviços. Investimentos em infraestrutura também contribuíram para a geração de empregos diretos e indiretos em Minas Gerais”, avalia Bergo.
O nível de ocupados na população em idade de trabalhar foi estimado em 57,6% em 2023 —1,6% a mais que em 2022 (56,0%). As maiores proporções foram registradas em Santa Catarina (65,9%), Goiás (64,7%) e Mato Grosso (64,7%).
O economista aponta que Goiás foi um destaque positivo na região Centro-Oeste, e a redução do desemprego no estado contou com o crescimento econômico de setores como de agronegócios e serviços, bem como programas do governo estadual para fortalecer pequenas e médias empresas, principalmente no segmento de informações, comunicação, tecnologia, inovação e no setor de turismo.
“O ambiente favorável de negócios também contribuiu para que Mato Grosso apresentasse números positivos no tocante ao ambiente de mercado de trabalho. Setores chave como negócio, investimentos, infraestrutura, logística, mostraram-se decisivos para o aumento da atividade econômica e a consequente criação de novas oportunidades de empregos no estado mato-grossense”, completa.
Expectativas para 2024
Para 2024, o economista explica que aguarda um menor dinamismo no mercado de trabalho, mas também uma manutenção do cenário positivo. Entretanto, ele lembra que é necessário um ambiente político-econômico estável para contribuir para a redução do desemprego no Brasil.