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Brincadeiras na infância influenciam a vida adulta

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Pega-pega, esconde-esconde e faz-de-conta proporcionam muito mais do que apenas diversão

Por: Flávia Viana/Conversion

Muito além de cativar e mostrar à criança as possibilidades da sua vida adulta, as brincadeiras, jogos e atividades entre os pequenos podem estimular o desenvolvimento emocional, físico e psicológico.

Segundo uma pesquisa da universidade de Ulster, na Irlanda do Norte, adultos que tiveram uma infância repleta de brincadeiras ao ar livre são consideravelmente mais saudáveis e possuem um estilo de vida mais ativo.

Os dados comprovam uma verdade que muitas vezes pode ser ignorada pelos pais: as brincadeiras e jogos não proporcionam apenas diversão. Na verdade, essas atividades estimulam a imaginação, permitem que a criança entenda o mundo ao seu redor e as muitas maneiras com que ele funciona.

Dos parquinhos para o mundo

A pesquisa da Universidade de Ulster foi feita com 500 adultos e dividiu as brincadeiras em quatro categorias: criativa, ativa, tecnológica e solitária, encontrando resultados positivos na prática de todas elas.

Algumas fontes ainda dividem os jogos criados e praticados por crianças como de exercício, simbólicos e de regras. A maioria dessas classificações funciona como método teórico para qualificar o resultado das brincadeiras e sua influência nos diferentes aspectos do desenvolvimento infantil.

Em termos mais simples, as brincadeiras funcionam como peça fundamental do desenvolvimento, apresentando desafios sociais, problemas de lógica e raciocínio, estímulo a criatividade, a sociabilidade, a resolução de problemas, a negociação e muito mais.

As brincadeiras vêm às crianças de forma natural, e as habilidades adquiridas, junto de hábitos e informações, permitem que a criança se torne um adulto com vida mais saudável e com mais facilidade para navegar no mundo adulto.

Como garantir as brincadeiras?

Os pais que desejam que seu filho ou filha tenha uma infância repleta de brincadeiras, jogos e atividades podem realizar diversas ações simples a favor deste objetivo.

Uma das principais é brincar com o próprio filho. As brincadeiras e jogos entre família estimulam a criança, constroem um vínculo familiar e tornam mais fácil a dinâmica entre pais e filhos.

Os pais também podem se concentrar em reservar dias na semana para levar as crianças a parques ou agendar brincadeiras com as outras crianças do bairro ou amiguinhos da escola. 

Nesses encontros, é importante escolher lugares seguros e equipar o filho com vestimentas adequadas, como camisetas resistentes, tênis adidas infantil, protetores e capacete, no caso de brincadeiras com bicicleta ou patins.

Por fim, é preciso deixar que as crianças sigam seus instintos. Chuta-lata, pega-pega, esconde-esconde e faz-de-conta são só algumas das brincadeiras que surgem naturalmente. É preciso confiar no processo, nas crianças e no seu universo.

Foto de capa: Divulgação

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745