Faze de conta
Que me amas
E que na chama da paixão estás.
Faze um conto
De fadas a vida
E pelas glórias
Das guerras antigas
Despe a cota de malha,
Aposenta o mosquete.
Em tempo de paz
A guerrilha eu faço.
Não me rendo
Nem me escondo
Por temor ao abraço,
Ao laço, ao lenço
Do salteador.
Se as flechas são envenenadas,
Meu escudo –
Couraça blindada –
Protege-me corpo e alma.
Guerra fria também acontece
E eu espero
O final da prece
Para escolher o caminho –
Quem sabe um atalho? –
Pois o som do chocalho
Anuncia quem
Vem chegando.
Saindo devagarzinho,
Passinho bem miudinho,
Escondo do mundo
O que penso.
Pois é. Sua verdade
Pode não ser legal.
Sua verdade pode ser um atentado então, fica calado.
Melhor assim.