Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a retração consecutiva que acontece desde setembro foi pautada principalmente pela taxa Selic, definida em 13,75% em agosto de 2022. “A taxa de juros é um alerta para a concessão de crédito, por isso temos visto mais cautela dos empreendedores no momento de aquisição. No entanto, a baixa de janeiro se mostra menos acentuada, já que é comum o aumento de gastos no final e início do ano, período de maiores investimentos e organização das finanças”.
Ainda na avaliação ano a ano, o recorte por segmento mostrou que o setor de Serviços foi o único a registrar baixa, essa de 11,9%. As Indústrias tiveram estabilidade, enquanto o Comércio cresceu 6,7%. Além disso, a categoria “Demais”, que engloba as financeiras, o primário e terceiro setor, teve o maior crescimento, de 17,9%.
Rio de Janeiro tem a queda mais acentuada na busca por crédito
A análise das Unidades Federativas (UFs) mostrou que o estado do Rio de Janeiro teve a retração mais acentuada na procura por crédito (-22,2%). No Amapá o destaque também foi negativo, com queda de 14,7%. Apesar disso, estados como Mato Grosso e Tocantins tiveram alta. Veja os dados na íntegra no gráfico abaixo: