Por Estadão Conteudo
Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues diz que a campanha não será prorrogada e que Estados e municípios poderão, caso tenham estoque, passar a vacinar outros grupos.
“A partir do dia 18, a recomendação é para oferecer a vacina para crianças de 5 a 9 anos e para a população de 50 a 59 anos. Já distribuímos as 60 milhões de doses e não haverá reposição. Se o público-alvo deixar para depois do prazo, pode perder a oportunidade de tomar uma vacina gratuita para uma doença que é evitável por vacinação.”
De acordo com balanço do ministério, o público com maior cobertura é o de puérperas (86,7%). O menor índice de vacinação está entre as crianças, cuja cobertura está em 57,5%.
“Em todos os anos com baixa ocorrência da doença, a população parece que não quer se vacinar no período inicial da campanha. A gripe é uma doença sazonal que circula durante todo o ano, mas o período forte de circulação é do final de maio a final de agosto “.
Helena Sato, pediatra e diretora técnica de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, diz que o grupo prioritário deve buscar a vacina para evitar complicações caso tenha contato com a doença. “Essas pessoas têm maior risco para evoluir para pneumonia e internações hospitalares. O inverno está chegando e essas pessoas precisam de uma adequada proteção”, explicou.
Helena reforça que a vacina não causa gripe. “Quem causa a gripe é o vírus. Os sintomas são febre alta de início abrupto e dor no corpo. A gripe deixa a pessoa de cama. É diferente de um resfriado.”