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CÂNCER COLORRETAL: tumor é o segundo mais comum no Brasil, depois do câncer de pele

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Segundo a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de 20,5 mil novos casos em homens e 20,4 mil em mulheres. Os óbitos devem chegar aos 20 mil.

 

Por: Rafaela Soares/Agência Brasil 61

 

A campanha do Março Azul chama atenção para o diagnóstico, prevenção e tratamento do câncer colorretal (CCR). Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de 20,5 mil novos casos em homens e 20,4 mil em mulheres. Os óbitos devem chegar aos 20 mil.

Beatriz Suzuki é moradora de São José do Rio Preto e começou a ter sintomas aos 22 anos, com pequenos sangramentos ao ir ao banheiro. “Na época, eu falo que cometi o pior erro da minha vida de não ter seguido as orientações médicas de uso de pomada, remédio e fazer colposcopia. Conforme eu ignorei esses sintomas, com o passar do tempo, esse sangramento intensificou, passou a ser diário e junto com ele veio todos os sintomas de câncer colorretal: inchaço abdominal, perda de peso sem motivo, sensação de evacuação incompleta.”

Segundo a coloproctologista Jéssica Fraga, o exame de colposcopia é a melhor forma de identificar a doença. “ É um exame de visualização do intestino grosso e reto por dentro. Então, nós conseguimos identificar e retirar lesões em estágios iniciais que poderiam evoluir para câncer colorretal um dia.”

Durante o webnário APS 30′ – Câncer Colorretal: Rastreio, diagnóstico e medidas de prevenção, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, o médico  Ângelo Zambam Mattos explicou que os tumores em fase inicial são difíceis de serem identificados porque, geralmente, não causam nenhum sintoma. “”E o motivo pelo qual nós não conseguimos diagnosticar mais casos de maneira preocupante é porque os tumores precoces costumam ser assintomáticos. E é no avançar da neoplasia que surgem as suas manifestações clínicas.”

Beatriz conta que o diagnóstico só saiu com 25 anos, após procurar o posto de saúde local e  fazer o exame de colposcopia. “O meu tratamento se resume em: quatro cirurgias no total, 10 meses de bolsa de colostomia e 6 sessões de quimioterapia.”

Hoje, ela gere uma página nas redes sociais que chama atenção para a doença e as formas de prevenção e tratamento. Segundo ela, na época do diagnóstico, ela se sentiu desamparada. “ Eu acredito que a Bia de 22 anos que ignorou os sintomas, ela sentiu falta de informação, de conscientização. Então, hoje eu faço esse papel, de conscientizar a população como também ser a esperança de vida pós câncer para os pacientes que estão passando pelas mesmas coisas que eu passei”.

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como idade acima de 50 anos, obesidade e ingestão de alimentos industrializados. Por isso, é importante a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável.

Ainda de acordo com a Dr Jéssica Freitas, a maioria das pessoas acredita que ele surge mais em pessoas que têm histórico familiar da doença mas não é bem assim. ”A maioria dos casos de câncer colorretal é considerado esporádico, ou seja, eles são relacionados com alguns comportamentos, hábitos de vida e com a nossa idade. é importante realizar o rastreamento no momento adequado, com início aos 45 anos, se você não tem outros fatores de risco e manter hábitos de vida saudáveis, principalmente o cuidado na alimentação. “

 

Foto da capa: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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