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Carnaval: como bebida em excesso pode trazer danos ao coração

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Por: MF Press

 

Vai chegando uma das épocas do ano onde limites não são tão levados em consideração, sobretudo pelos mais jovens: o carnaval, que hoje vai mais além do que somente tradições culturais.

A festa mais popular do planeta pode ser marcada, em partes, pelos excessos. Um deles é a bebida. Só que é preciso estar atento ao fato de que esse extrapolar pode trazer danos à nossa saúde, sobretudo a do coração.

Mas como o álcool afeta o nosso coração?

“Vários estudos demonstraram que consumo de álcool em quantidades excessivas provoca, por ação direta, enfraquecimento do músculo cardíaco, levando a uma doença grave denominada cardiomiopatia alcoólica (CMA). Esta cursa com insuficiência cardíaca (falta de ar, fraqueza, cansaço e inchaço no corpo) além de arritmias cardíacas (palpitações, tonturas, desmaios) que juntas são responsáveis por taxa de cerca de 10% de mortalidade anual”, diz publicação do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa).

“Além disso, indiretamente, o álcool pode atuar como fator de risco adicional para Infarto Agudo do Miocárdio e Hipertensão Arterial (ao lado do diabetes, colesterol elevado e outros)”, emenda a publicação.

Já o cardiologista e especialista em marca-passo Dr. Roberto Yano orienta o cuidado com a ingestão excessiva de bebida alcoólica pois não existe fórmula mágica para indicar qual a quantidade segura para consumo.

“O álcool pode causar vários efeitos no nosso corpo. A curto prazo, você pode se sentir mais inchado, se sentir ansioso após o uso, desidratação, alteração dos batimentos cardíacos.
E, a longo prazo, prejudica todos os nossos órgãos e pode causar gastrite, hepatite alcoólica, pancreatite, cirrose, envelhecimento precoce, infarto agudo do miocárdio, AVC e até câncer – principalmente o de mama, boca, estômago, fígado e intestino. Sabemos que a ingestão de álcool pode aumentar as chances de uma pessoa ter episódios agudos de fibrilação atrial em um intervalo de 12 horas após o uso, com um pico em torno de 4 horas”, comentou.

Ainda segundo dr. Yano, quanto maior a ingestão de álcool, maior o risco de arritmia. E como citado antes, não conseguimos estabelecer qual a dose segura de álcool para se evitar esse risco.

“É importante dizer que em decorrência dessa fibrilação atrial, surge uma predisposição para a formação de coágulos dentro do coração, aumentando o risco de AVC. Além disso, a o excesso de ingestão de álcool pode levar a intoxicação alcoólica aguda com rebaixamento de nível de consciência, torpor, coma e até morte”, finalizou.

Foto de Capa: jannoon028/Freepik

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745