Inclusão financeira, educação empreendedora e inovação são uns dos pilares destacados pela iniciativa do Empreender 360
Por Nathalie Maia/ Página 1 Comunicação
Em 2019, 38,7% da população adulta do Brasil estava à frente da gestão de um negócio. Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o empreendedorismo tem como principal causa a necessidade, 88,4% dos empreendedores brasileiros iniciaram o seu negócio por falta de oportunidades de emprego.
Visando melhorar a realidade dos microempreendedores de baixa renda com base em políticas públicas locais, o Empreender 360 desenvolveu uma carta compromisso voltada aos políticos que estão participando das Eleições 2020. Ao assinar o documento, o candidato compromete-se a implantar e estimular ações de apoio a esse perfil de empreendedor e desenvolver a economia do seu município.
“Elaboramos esse documento para mostrar aos políticos o perfil do empreendedor brasileiro de baixa renda, quais são os principais desafios e fazer com que eles busquem alternativas para melhorar a realidade atual. O documento já está sendo encaminhado a todos os candidatos a prefeito e vereador”, explica Florian Paysan, coordenador do Empreender 360.
A carta completa para assinatura está disponível no link: https://www.
Guia de apoio ao microempreendedorismo
A carta compromisso destaca seis pontos a partir dos quais é possível trabalhar a inclusão empreendedora no município do candidato: inclusão financeira e financiamento; educação empreendedora; inovação, impacto social e tecnologia; cultura empreendedora; infraestrutura pública; e, apoio a grupos prioritários.
O primeiro item, inclusão financeira e financiamento, sugere a garantia de serviços financeiros como bancarização e microcrédito ao público mais vulnerável, através do fomento a entidades com impacto social como bancos comunitários. “Muitas vezes esses microempreendedores sofrem com situações como abrir uma conta, ter um cartão. Muitos não têm acesso ao crédito, o que pode dificultar no giro de capital do negócio”, comenta Paysan.
A educação empreendedora é o segundo tópico da carta, que defende a importância do acesso a treinamentos e cursos com foco em gestão de pequenos negócios, no desenvolvimento de competências e inovação e na alfabetização matemática. A inovação também está prevista nos tópicos abordados pela carta. O terceiro item – Inovação, impacto e tecnologia – propõe, além de cursos e treinamentos, o incentivo ao desenvolvimento de incubadoras e investimento em tecnologia para territórios periféricos.
Já o quarto tópico aborda a cultura empreendedora. Paysan explica que “para o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios é essencial desburocratizar o processo de formalização e contratação, além de oferecer incentivos fiscais”, afirma.
A carta também aborda questões como infraestrutura pública. Ela propõe a criação de espações físicos de atendimento qualificado para empreendedores de baixa renda que convergem com outras ações de inclusão empreendedora e a utilização de espaços, como o CRAS, para qualificação.
O sexto tópico é voltado ao apoio a grupos prioritários, ele sugere a criação de políticas públicas que atendem às necessidades específicas de intersecções sociais vulneráveis como mulheres, negros, jovens, pessoas transgênero, entre outros.
“Acreditamos que iniciativas como a carta compromisso contribuem não apenas para a melhora da realidade do empreendedor brasileiro, mas também para a vida destas famílias. O olhar cirúrgico das equipes públicas dos municípios tem o poder de potencializar os resultados, focando nos segmentos da população em situação de exclusão”, comenta Paysan.
A carta completa para assinatura está disponível no site: https://www.