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Casa abandonada preocupa moradores em Brumado

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Uma casa em ruínas abandonada na Travessa Edite Viana Machado (antiga Muniz Sodré), número 85, na esquina com a confluência das Ruas Coronel Paulino Chaves e São João, no centro da cidade, oferece diversos riscos aos moradores da vizinhança e aos transeuntes, principalmente à noite. Os problemas são inúmeros e moradores dizem que entraram em contato com a Prefeitura Municipal, mas não obtiveram retorno.

Usuários de drogas, portas e janelas arrombadas e um ambiente propício para criadouros de insetos, inclusive o vetor da Dengue, Chikungunya e Zicavírus e para a proliferação de animais peçonhentos e ratos são alguns dos principais problemas encontrados no local. Além disso, a estrutura física ameaça cair comprometendo as casas vizinhas e com risco de provocar um acidente com transeuntes. É o que conta uma das vizinhas do imóvel que concordou em falar desde que tivesse sua identidade preservada. Segundo revelou, a partir de dez, onze horas da noite começa o movimento na casa abandonada. “Já chamamos a Polícia, mas demoraram muito e quando chegaram já não havia mais ninguém. Parece até que sabem quando a Polícia está por perto”, disse, acrescentando que, além do mau cheiro e insetos [aranhas, baratas] tem sido comum aparecer ratos nas redondezas.

Outros moradores também denunciaram a utilização da casa abandonada por usuários de drogas. Até um colchão já foi deixado no local, segundo moradores, pelos usuários de drogas e que usam a casa para fazer sexo. “Essa situação não pode continuar, pois está oferecendo riscos para toda a vizinhança”, diz outra moradora.

“A casa está cada vez mais suja, em estado lastimável e como minha casa também é próxima, quem sofre mais somos nós, que estamos correndo risco de contrair doenças. Os proprietários já foram comunicados, mas alegam que a casa é parte de herança e não valeria a pena recuperá-la. A Prefeitura já foi cientificada e até o momento não mandou sequer uma equipe da Secretaria de Saúde ou de Infraestrutura para averiguar os riscos que a casa está oferecendo para a comunidade”, lamenta.

Um dos membros da família proprietária da casa, o veterinário Fábio Azevedo, que responde pela Coordenadoria da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, ouvido pela reportagem do JS, por telefone, admitiu a propriedade do imóvel. Segundo afirmou, há seis meses esteve na casa e providenciou a limpeza, retirando vasilhas e outros possíveis criadouros do mosquito transmissor da Dengue, além da colocação de trancas nas portas e janelas.

Azevedo disse não ter conhecimento de que o imóvel teria tido parte de uma parede quebrada e que as portas e janelas foram arrombadas, além de haver muito lixo acumulado, inclusive na área externa, mas que diante da denúncia iria “verificar a possibilidade” de fazer nova vistoria.

Fábio Azevedo reagiu à denúncia de que o imóvel estaria sendo utilizado por usuários de drogas afirmando que essa é uma questão que não cabe a ele resolver, mas a Polícia. “Os moradores deveriam notificar a Polícia”, encerrou.

O prefeito Aguiberto Lima Dias (PDT), ouvido pela reportagem do JS, por telefone, disse que estava tomando ciência da denúncia e que já estaria determinando aos setores responsáveis a adoção imediata de providências no sentido de verificar o imóvel para que as medidas necessárias e permitidas pela legislação possam ser imediatamente implementadas no sentido de garantir a segurança e o bem estar dos moradores da vizinhança.

Casa em ruínas abandonada na Travessa Edite Viana Machado (antiga Muniz Sodré)

 

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