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CBPM investe em novo ciclo de aerolevantamentos

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Vai ser possível trabalhar em grandes áreas com precisão e em curto espaço de tempo

Por: Revista Brasil Mineral

A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) está investindo R$ 7 milhões para iniciar um novo ciclo de aerolevantamentos na Bahia, aplicando as mais recentes tecnologias aerogeofísicas disponíveis no mercado. O trabalho usa sistemas aerotransportados eletromagnéticos no domínio do tempo/magnetométricos, em caráter de semi-detalhe/detalhe, instalados em helicópteros. “É o método disponível na indústria que tem a melhor qualidade de sinal, a melhor resolução, então a CBPM está com dados na vanguarda do que se tem hoje em dia em levantamentos aerogeofísicos eletromagnéticos. Vai ser possível trabalhar em grandes áreas com precisão e em curto espaço de tempo. E tudo isso vai ocorrer sem agredir o ambiente. Vamos estabelecer trabalhos subsequentes logo após os resultados destes aerolevantamentos, que vai depender dos resultados encontrados”, sinalizou o geólogo da CBPM, Ives Garrido.

O novo levantamento aerogeofísico irá analisar o extremo norte da Bahia, em zona, principalmente, sob a influência das faixas marginais de Rio Preto e do Riacho do Pontal, que fazem parte da borda norte do Cráton do São Francisco, sendo detentora de importantes depósitos minerais, destacando-se os grandes depósitos de Fe-Ti-V associado ao Complexo máfico-ultramáfico de Campo Alegre de Lourdes, o expressivo depósito de rochas fosfáticas associadas ao Complexo Carbonatítico de Angicos Dias e o depósito magmático de sulfetos de Ni-Cu denominado Caboclo dos Mangueiros. “Estaremos recobrindo partes dos municípios de Santa Rita de Cássia e de Pilão Arcado, que ficam na mesma região, ou seja, na porção noroeste do Estado da Bahia. Cobre, níquel, cobalto, fosfato, grafita, ferro, titânio, vanádio e terras raras estão entre os nossos interesses no local, desta forma vamos aumentar a nossa extensão da província mineral”, disse Ives.

O projeto prevê recobrir 1.260,28 km2, perfazendo um total de 6.982,00 km lineares de linhas de voo, utilizando um multisistema aerogeofísico, configurado pelos métodos: eletromagnético no domínio do tempo e magnético. O espaçamento entre as linhas de voo e de produção são de 200 metros e 2.000 metros, respectivamente, a altura de voo será de 72 metros e a altura das bobinas do transmissor e do receptor eletromagnético e do magnetômetro deverão situar-se no máximo a 35 metros do terreno. “Todos os trabalhos terão acompanhamento e avaliação da equipe técnica da CBPM, tendo por objetivo a descoberta de jazidas minerais nas áreas compreendidas entre Campo Alegre de Lourdes e Santa Rita de Cássia, o que possibilitará, em caso de êxito, a implantação de empreendimentos mineroindustriais para a extração e a transformação desses bens minerais, gerando emprego e renda nas respectivas regiões. Deste modo, a CBPM está convicta de que os resultados a serem atingidos permitirão ampliar significativamente a participação do setor mineral na economia baiana, levando progresso para regiões onde outros segmentos da indústria, por certo, teriam grande dificuldade para implantação”.

Foto: Divulgação/Brasil Mineral

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