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Chamada busca soluções para fortalecer cadeias da sociobiodiversidade na zona costeira da Bahia

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As melhores propostas, com ideias inovadoras e economicamente viáveis, receberão apoio financeiro para serem executadas. O valor direcionado às iniciativas baianas é de até R$ 600 mil. Outros R$ 3,4 milhões serão investidos na Mata Atlântica e no Cerrado de outros estados. As inscrições seguem até 2 de junho

Por: Tamer comunicação

Estão abertas as inscrições para uma nova Chamada da Teia de soluções, que selecionará propostas inovadoras para fortalecer as cadeias da sociobiodiversidade na Zona Costeira da Bahia, Cerrado de Goiás e na Mata Atlântica (Paraná, sul de São Paulo, norte de Santa Catarina e 17 municípios do Rio de Janeiro). As iniciativas devem propor ideias de soluções práticas para o desafio lançado, de forma multidisciplinar e colaborativa, englobando a região escolhida. Ao final do processo, até R$ 4 milhões serão destinados para o desenvolvimento dos melhores projetos, sendo R$ 600 mil na Bahia.

“Nosso objetivo é fomentar a busca por soluções que fortaleçam as cadeias dos produtos e serviços da sociobiodiversidade brasileira e, ao mesmo tempo, tragam melhorias para a conservação da natureza a partir das características e potencialidades de cada bioma. Os interessados podem apresentar propostas para uma das regiões e, ao final do processo, as propostas mais consistentes e de maior impacto ambiental positivo devem receber apoio financeiro para serem colocadas em prática” explica a gerente de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Marion Silva.

A nova Chamada da Teia de soluções é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e a Fundação Araucária (FA), com o apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo do Paraná.

Produtos da sociobiodiversidade são recursos e serviços oferecidos por comunidades locais a partir da natureza. São produtos nativos comercializados a partir de processos responsáveis e sustentáveis, sem impacto negativo ao meio ambiente. Pelo contrário, contribuindo com a conservação da natureza. Nesse contexto, podemos incluir turismo de natureza, frutos, óleos, pesca artesanal, alimentos beneficiados, entre tantos outros.

Bahia

As soluções inscritas para a Zona Costeira da Bahia devem agregar valor às cadeias produtivas, conservando a biodiversidade. “A Bahia possui a maior extensão de litoral do Brasil e abriga importante variedade de ambientes costeiros. Entretanto, o uso e a exploração desses ambientes nem sempre ocorre de forma sustentável. O bom uso dos recursos naturais, aliado à inclusão social e produtiva de organizações locais, é uma excelente estratégia para a conservação da sociobiodiversidade e geração de renda para as comunidades locais”, salienta Handerson Leite, diretor geral da FAPESB.

Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro

Na Grande Reserva Mata Atlântica, último remanescente contínuo do bioma distribuído em 60 municípios de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, e na Região Hidrográfica da Baía de Guanabara, que engloba 17 municípios do estado do Rio de Janeiro, o foco é contribuir para a ampliação do impacto socioambiental positivo na Mata Atlântica e ecossistemas associados, buscando eficiência nos processos e agregando o valor de mercado às cadeias da sociobiodiversidade.

“A Mata Atlântica, além de ser uma das áreas mais ricas em biodiversidade, também apresenta inúmeras oportunidades de produtos e serviços da sociobiodiversidade, com a possibilidade de gerar trabalho e renda para as comunidades tradicionais e fortalecer a manutenção da floresta em pé. No entanto, ainda existem muitos gargalos para o desenvolvimento das cadeias produtivas, por isso que ações como esta Chamada são de fundamental importância para a resolução desses gargalos e fortalecimento da iniciativa”, analisa Luiz Márcio Spinosa, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária.

Goiás

Fortalecer as cadeias produtivas de frutos nativos, por meio da inovação e atuação de base comunitária, é o recorte do desafio lançado para o Cerrado de Goiás. “Segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado apresenta grande diversidade de frutos com alto valor nutricional, como o baru, o pequi e o buriti. O fortalecimento dessas cadeias produtivas tem o potencial de aumentar o impacto positivo de conservação da natureza, a redução da pressão sobre espécies e habitats e a inclusão de acesso ao mercado pelas comunidades agroextrativistas”, frisa Robson Vieira, presidente da FAPEG.

Inscrições

Os interessados devem inscrever suas propostas de solução via formulário disponível no site da Chamada e indicar a região de interesse. As iniciativas executadas na Zona Costeira da Bahia terão apoio da FAPESB e da Fundação Grupo Boticário, com até R$ 600 mil. No Cerrado goiano, FAPEG e Fundação Grupo Boticário investirão até R$ 1 milhão. Na Mata Atlântica do estado do Paraná, até R$ 1 milhão serão alocados pela Fundação Araucária e Fundação Grupo Boticário. Outros R$ 1,4 milhão serão investidos pela Fundação Grupo Boticário para apoiar soluções na Grande Reserva Mata Atlântica e na Região Hidrográfica da Baía de Guanabara.

A participação é gratuita e as inscrições seguem até 2 de junho de 2023. A seleção das propostas para apoio financeiro segue em duas fases. A primeira seleciona as propostas que seguirão para uma etapa de detalhamento, na qual os proponentes poderão contar com mentorias para aprimorar o impacto de suas soluções. A segunda fase determina o apoio financeiro. Em ambas, as propostas são analisadas por especialistas e representantes indicados pelas instituições organizadoras. O resultado com as soluções selecionadas para o apoio será divulgado em setembro de 2023.

Serviço:

Chamada – Teia de soluções

Inscrições: até as 18 horas do dia 2 de junho de 2023

Mais informações e inscrições: https://chamada.teiadesolucoes.com.br/

Foto de capa: Pixabay / Divulgação

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745