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Chegada do inverno aumenta risco de AVC

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Conheça os sintomas e entenda porque o socorro imediato é crucial na diminuição de sequelas permanentes

Por: Juliete Neves

A alteração do fluxo sanguíneo ao cérebro resulta na falta de oxigênio e nutrientes. Essa ausência é o que provoca o Acidente Vascular Cerebral, popularmente chamado de derrame.

Segundo a Organização Mundial de AVC, 70 mil brasileiros morrem desta enfermidade todos os anos. Junto com o câncer, está entre as doenças que mais matam e é a principal causa de incapacidade em adultos.

E por que será que a incidência de tal enfermidade é maior no frio? O médico neurologista e professor do curso de Medicina da Pitágoras, Frederico Lopes, explica que para manter a temperatura corpórea, os vasos reduzem seu calibre para evitar a perda de calor; ação essa que aumenta a pressão arterial sistêmica. Por isso há maior chance de ocorrer aumento da pressão arterial em dias mais frios e consequentemente AVC.

Manifestado de duas maneiras – isquêmica ou hemorrágica, o AVC merece atenção quanto aos sintomas para que se identifique rapidamente, uma vez que o tratamento deve ser imediato.

No AVC isquêmico, os vasos do cérebro se estreitam dificultando a passagem de sangue (isquemia). Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes. “Boa parte dos sintomas são bem conhecidos, entre eles estão a dificuldade para falar, dormência em um dos lados do corpo, formigamento, tontura, podendo ocorrer variações para cada paciente”, detalha o neurologista.

No AVC hemorrágico ocorre sangramento em uma parte do cérebro em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo. Embora menos comum, costuma ser mais grave, podendo ocorrer em pessoas mais jovens. “As consequências são bem semelhantes ao AVC isquêmico, mas é fundamental prestar atenção aos primeiros sinais. Neste tipo de situação, geralmente ocorrem dores repentinas na cabeça e vômitos que aparecem de forma súbita, frequentemente sendo associados aos mesmos déficits do AVC isquêmico”, completa.

“Existem condições que podem aumentar as chances de ocorrer um acidente vascular cerebral. Podemos reduzir o risco por meio do tratamento e prevenir os principais fatores de risco: hipertensão, diabetes, sedentarismo, alimentação rica em gordura, colesterol alto, distúrbios de sono entre outras comorbidades”, alerta Frederico.

Ao identificar os sintomas, o que fazer?

“O atendimento médico ágil e rápido é essencial”, é o que destaca o especialista quando fala do socorro a pacientes com sintomas que apontam para um AVC. O tempo de atendimento é crucial para evitar sequelas. Dessa forma deve-se procurar rapidamente um hospital com serviço de neurologia de forma imediata.

No Brasil, o atendimento nos hospitais ocorre com a realização imediata de uma tomografia computadorizada de crânio e a administração de um medicamento específico para reduzir ou até evitar sequelas permanentes seguido de diversos exames.

Foto de capa: kjpargeter/Freepik

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