As chuvas atrapalharam shows, impediram o pleno funcionamento do parque de diversões e prejudicaram restaurantes, bares e as empresas que participaram da Feira Negócios, já que as pessoas evitaram sair de casa. Também houve perdas para os pequenos negócios e para autônomos que trabalharam no parque. O movimento até cresceu um pouco no domingo, quando a chuva foi intermitente e houve momentos de estiagem, mesmo assim, ficou bem abaixo do que se registrou no último dia das exposições anteriores e acabou não compensando as perdas da semana.
A Coopmac está fechando as contas, com informações fornecidas por expositores, mas, se por um lado as chuvas que caíram por seis dias seguidos reduziram o público no Parque Teopompo de Almeida, interferiram na programação e nos resultados da Feira de Negócios, por outro lado criadores e produtores comemoraram o volume de negócios. Só nos leilões de equinos e bovinos, que venderam tudo, estima-se um faturamento acima de R$ 2,5 milhões. O comércio direto, nas baias e currais também foi considerado bom.
O fato é que as chuvas representaram um alívio geral e ajudaram a redimensionar as projeções econômicas para Vitória da Conquista e região. Essa teria uma das principais motivações para o sucesso dos leilões e para que algumas empresas de insumos, equipamentos e tratores terem alcançado um volume razoável de vendas, ainda que abaixo da expectativa. E tanto criadores como produtores de café e outros produtos acreditam que a agropecuária regional passa ter outro horizonte, depois de ter enfrentado a pior seca dos últimos cem anos.
De acordo com o presidente da Coopmac, Jaymilton Gusmão Filho, a chuva trouxe um alento para o produtor. Para ele, quem trouxe animais para a exposição deste ano e os agropecuaristas que estavam esperando uma mudança climática para fazer suas projeções e investimentos pôde comemorar a chuva que caiu, intensamente e praticamente em todos os seis dias do evento. “Se a chuva não foi boa, em si, para a programação de entretenimento e causou perdas para a maior parte dos comerciantes dentro do parque, reanimou os produtores. A gente passou pelo quarto ano de seca e agora espera que essa seca tenha se acabado. Pelo ponto de vista do estímulo ao setor agropecuário, a chuva foi satisfatória”.