As vendas de cimento somaram 4,6 milhões de toneladas em fevereiro de 2024, o que representa um acréscimo de 3,9%
Por Brasil 61
Segundo números divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento somaram 4,6 milhões de toneladas em fevereiro de 2024, o que representa um acréscimo de 3,9% em relação ao mesmo mês de 2023. No primeiro bimestre do ano, o setor mostrou ligeira alta de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais indutores do desempenho foram as perspectivas mais favoráveis no mercado de trabalho, com aumento da massa salarial e expansão do emprego formal e uma forte retomada dos lançamentos do Minha Casa/Minha Vida iniciada no segundo semestre de 2023.
No entanto, os indicadores de confiança caminham em direções opostas entre o otimismo e o pessimismo. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a confiança do consumidor manteve a tendência de queda, atingindo o menor nível desde maio de 2023. Apesar da redução gradual dos juros e do nível de endividamento, ambos ainda impactam na situação financeira das famílias, que é refletida na percepção pessimista dos consumidores.
Já a confiança da construção civil cresceu em fevereiro e atingiu o maior nível desde outubro de 2022. Apesar da melhora, o indicador permanece no campo do pessimismo moderado, pois a ausência de mão-de-obra e o acesso ao crédito ainda são apontados como as principais limitações ao desenvolvimento do setor.
“Existe um consenso no Brasil de que o investimento em infraestrutura é uma condição necessária para a retomada do crescimento socioeconômico, hoje um dos principais entraves que afetam nossa competitividade. O pavimento de concreto tem ganhado espaço em diversas regiões como solução competitiva em termos de custos, ganhos ambientais, qualidade para os usuários e a melhor utilização de recursos públicos e privados. Além de ser mais econômico e sustentável, apresenta longa durabilidade, que pode chegar a 30 anos, e redução da manutenção”, comenta Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
A aprovação da Reforma Tributária e sua regulamentação, a redução da Selic, o controle de inflação e a retomada de obras de infraestrutura e habitação do programa Minha Casa, Minha Vida levam o setor a manter a projeção de crescimento de consumo de cimento estimada em 2% para este ano, com um acréscimo aproximado de 1,2 milhão de toneladas, porém insuficiente para recuperar as perdas de 3 milhões de toneladas registradas em 2022 e 2023.