A confederação mostra que a expansão poderia ser maior com uma possível melhora da indústria e serviços
por Agência Brasil 61
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta um crescimento de 2,1% para a economia brasileira este ano em comparação ao ano passado.
Apesar do resultado positivo, há uma desaceleração do crescimento em relação a 2022, o que representa um desafio para a indústria e as atividades do varejo sensíveis ao crédito.
Segundo a CNI, políticas industriais, uma reforma tributária e juros baixos são importantes para um desenvolvimento mais sustentável do país.
A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é impulsionada principalmente pelo setor do agronegócio, que espera um aumento de 13,2%. Por outro lado, a indústria e os serviços estão desacelerando.
Destaca-se a projeção de crescimento de 1,5% para o PIB da Indústria da Construção. Essa projeção é inferior aos 10% observados em 2021 e 6,9% em 2022.
Espera-se que a inflação medida pelo IPCA acumule 4,9% até o final do ano, mostrando uma queda em relação aos 5,80% do ano anterior. Portanto, espera-se uma deflação em 2023.
Da mesma forma, espera-se uma redução na taxa nominal de juros para 11,75%. Atualmente, os juros estão em 13,75% ao ano.
Em relação às contas públicas, espera-se um resultado primário negativo em 1,1% do PIB, o que indica um possível aumento do déficit público em comparação ao ano anterior. O resultado primário considera receitas menos despesas, excluindo os gastos com juros do governo.
O resultado nominal, que inclui os gastos com juros, está previsto para uma retração de 7,7% em 2023. A dívida bruta do setor público deve subir para 74,3% em 2023. Em 2022, houve uma redução de 6 pontos percentuais em relação ao ano anterior e de 14 pontos percentuais em relação a 2020.
Contrariando projeções mais otimistas, a CNI estima um câmbio de R$4,90 até o final do ano. No setor externo, a queda do dólar influencia em menores gastos com importação e menor receita com exportações. O resultado do saldo comercial deve ser positivo em 2023 e maior do que em 2022.