Por Ascom/SEC
A consolidação da política pública de internacionalização das universidades estaduais, apoiada pelo Governo do Estado, favorece a perspectiva de fortalecimento do ensino superior na Bahia, através das trocas de experiências, conhecimentos e tecnologias, além de intercâmbios de professores e estudantes com pesquisadores e instituições estrangeiras. A formação continuada dos docentes das instituições estaduais que participam dessas ações possibilita a eles não só crescimento pessoal e profissional diferenciado em relação à difusão do conhecimento, como também promoção da vivência intercultural e fortalecimento do desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, abrindo para parcerias de pesquisa colaborativa e cooperativa com universidades estrangeiras.
É dentro deste contexto que a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), por exemplo, computa 78 acordos de cooperação com instituições estrangeiras e conta com a parceria de universidades de 19 países, entre os quais Alemanha, EUA, Portugal e Itália. Como a UESC, as demais instituições estaduais de Ensino Superior – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) – recebem do Governo do Estado o repasse dos recursos do tesouro estadual, cuja previsão, este ano, é da ordem de R$ 2,3 bilhões. Cada instituição destina os seus recursos de acordo com o seu planejamento anual, inclusive para a política de internacionalização, com vistas a financiar docentes e discentes que possam fazer intercâmbio em universidades de fora do país.
O professor Jadergudson Pereira, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal (PPGPV) foi um dos que já viajaram com o financiamento da Uesc. Ele representou a instituição estadual na Lovely Professional University, na Índia, com a múltipla missão de reunir com dirigentes de diferentes níveis para aprofundar a cooperação já estabelecida com a UESC, visando uma pesquisa conjunta entre as duas instituições. Além disso, o docente baiano ministrou aulas para professores e alunos de graduação, mestrado e doutorado sobre o tema Taxonomia de Fungos.
“Com o vice-presidente da universidade, Aman Mittal, a conversa se deteve sobre a Educação Superior no Brasil e na Índia, detalhando as possíveis formas de colaboração no ensino, na pesquisa e por meio de intercâmbios discente e docente”, destaca. Outro momento significativo, conta, foi a apresentação de um concerto de violão clássico pelo docente baiano para professores, estudantes e servidores da universidade indiana. “Foi um momento ímpar de integração de dois povos e culturas diferentes”.
Assessor de Relações Internacionais da Universidade Estadual de Santa Cruz, o professor Samuel de Mattos a explica que “a mobilidade de estudantes, professores e servidores não depende necessariamente de acordo de cooperação firmado entre as instituições de origem e de destino”. Pode estar amparada em acordo com associações internacionais que englobam diversas universidades, a exemplo do Programa de Intercâmbio Acadêmico Latino-Americano; do Programa de Mobilidade do Grupo Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras, da Associação das Universidades de Língua Portuguesa e da Associação Brasileira das Universidades Estaduais e Municipais, das quais a UESC é signatária/membro.