Infectologista recomenda isolamento social, restringindo contato com outras pessoas e saídas de casa, além de higiene pessoal e respiratória
Por Paula Pitta/ ATcom – Estratégia, Relacionamento e Conteúdo
Com taxa de letalidade de 8% para quem tem entre 70 e 79 anos e que chega até a 15% para maiores de 80 anos, os idosos correm mais risco se contraírem o novo Coronavírus (Covid-19), de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Diante do perigo, o infectologista da S.O.S. Vida, Matheus Todt recomenda atenção redobrada com os mais velhos. “As medidas de prevenção são as mesmas, mas no caso de idosos e pessoas com doenças graves preexistentes, o cuidado deve ser reforçado, evitando o contato com pessoas contaminadas”, salienta.
Para isso, o especialista indica isolamento social. “É recomendável ficar em casa o maior tempo possível, saindo apenas para o estritamente necessário. Não significa que o idoso vai ficar sozinho, mas é prudente evitar visitas desnecessárias, principalmente de pessoas fora do convívio domiciliar”.
Quem está com sintomas de doença respiratória deve evitar contato com os idosos. Também é necessário ter atenção com crianças, que podem ser assintomáticas, mas transmitirem o vírus para os mais velhos. Portanto, nesse momento o ideal é falar com os netos por telefone ou mensagem.
Além disso, os idosos devem seguir os demais cuidados indicados para toda população, como evitar aglomeração, ambientes fechados, lavar as mãos com frequência e manter a etiqueta respiratória, cobrindo a boca com o antebraço ao tossir ou espirrar. O médico contraindica o uso de máscara para quem não tem os sintomas.
Pandemia – Atualmente, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro apresentam o maior número de casos no Brasil. Contudo, já há registro na Bahia de pessoas que contraíram no exterior e/ou transmitiram para pessoas próximas, o que é considerado transmissão internacional. Portanto, ainda não há registro de contágio comunitário na Bahia, quando não é possível indicar a origem da transmissão. No entanto, acreditasse que o alcance do vírus deve aumentar no Brasil, incluindo na Bahia.
“O momento demanda cautela, mas não é preciso pânico. Algumas medidas importantes devem ser seguidas por todos para reduzir os riscos de transmissão e facilitar o diagnóstico precoce”, explica Monique Lírio, infectologista da S.O.S. Vida.
O Coronavírus é transmitido principalmente por vias respiratórias através de gotículas provenientes de espirros, tosse e fala de pessoas contaminadas pelo vírus. Porém, a transmissão também pode acontecer por meio do contato físico com as mãos de quem está infectado ou objetos contaminados.
As gotículas com vírus podem alcançar mucosas do olho, nariz e boca. Por isso é preciso evitar contatos físicos como beijos, abraços ou cumprimentos. Também se faz necessário maior atenção ao tocar locais como corrimão e maçanetas. Adotar a higienização das mãos de forma constante com água e sabão ou álcool gel é uma medida efetiva, segundo especialistas.