Confiança entre empresários baianos se restabelece parcialmente em fevereiro

Por GOVBA/ Ascom/ SEI

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -166 pontos em fevereiro, numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – indicando, assim, um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Trata-se da 13ª pontuação abaixo de zero em sequência.

No mês, ao registrar -166 pontos, o ICEB captou aumento da confiança em relação a janeiro (quando o indicador marcou -212 pontos, menor patamar desde maio de 2021). A alta em comparação ao mês imediatamente antecedente foi de 46 pontos – recuperando apenas parcialmente a queda observada em janeiro (recuo de 124 pontos, o maior recrudescimento da incerteza na margem desde a verificada em novembro de 2022).

A melhora da confiança de janeiro a dezembro não aconteceu de forma generalizada, visto que dois dos quatro grupamentos expressaram retrocesso: Indústria e Comércio, no caso. O setor de Serviços apresentou a maior alta entre as atividades, enquanto a Indústria indicou o maior recuo da confiança.

Ao final, em fevereiro, nenhum dos quatro setores assinalou pontuação superior a zero. Os resultados foram: Agropecuária, -94 pontos; Indústria, -179 pontos; Serviços, -179 pontos; e Comércio, -137 pontos. Enquanto o setor de Agropecuária foi o de melhor pontuação pelo oitavo mês em sequência, as atividades de Indústria e de Serviços registraram os menores níveis de confiança.

Além do mais, do conjunto avaliado de assuntos, os temas juros, crédito e situação financeira foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis PIB estadual, PIB nacional e exportação apresentaram os indicadores de confiança em situação menos desfavorável no mês.

Assim, conforme Luiz Fernando Lobo, especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais, “apesar de o empresariado baiano ter calibrado as expectativas, já que o nível de confiança desses agentes econômicos se recuperou parcialmente na margem, alguns alertas se mantiveram: segundo menor patamar de confiança nos últimos dois anos; grau de confiança abaixo da média histórica; aumento do pessimismo em dois dos setores; indicador de confiança abaixo de zero em todas as atividades setoriais; e expectativas desfavoráveis sobre o futuro de todas as variáveis investigadas”.

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