Ao contrário do financiamento, que envolve taxas de juros vinculadas, essa modalidade se torna mais vantajosa devido à ausência de juros em sua contratação e ao fato de ser uma compra planejada
Por Comunicação/Virta
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) dá início hoje à quinta reunião do ano para deliberar sobre a taxa básica de juros, a Selic. Devido à significativa queda da inflação nos últimos meses, espera-se que o órgão opte por reduzir a Selic, atualmente estabelecida em 13,75% ao ano. Esta será a primeira diminuição desde agosto de 2020, quando a taxa de juros havia sido reduzida de 2,25% para 2% ao ano.
Ainda que a taxa básica tenha cessado seu aumento em agosto do ano passado, permanece no patamar mais elevado desde o início de 2017, e os efeitos da política monetária restritiva têm sido evidenciados pela desaceleração da economia. De acordo com a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal realizada com analistas de mercado, prevê-se uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica, levando-a a 13,5% ao ano. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano de 2023 em 12% ao ano.
Este contexto motivou Weslen Dias Moraes, microempresário de 30 anos, a adotar a modalidade de consórcio, adquirindo três cotas, sendo duas para imóveis e uma para veículos. Para ele, o consórcio representa não apenas um investimento, mas também uma maneira de concretizar sonhos e quitar dívidas. Weslen destaca: “Quando decidi participar do consórcio, não tinha nenhum tipo de investimento, e percebi que era uma opção vantajosa e segura. Investi parte da minha primeira contemplação nas despesas do casamento e lua de mel. Atualmente, possuo dois consórcios a mais, um para veículo e outro para imóvel”.
Resultados Positivos
De acordo com a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC), os números do setor no primeiro semestre foram extremamente positivos, totalizando mais de R$ 144 bilhões em negócios, um aumento de 20,4% em relação ao mesmo período de 2022. O Sistema de Consórcios alcançou um marco histórico no primeiro semestre deste ano, com 1,99 milhão de novas cotas vendidas, um crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior, que registrou 1,85 milhão no mesmo período. Entre os principais indicadores, quatro apresentaram avanços nas vendas totais: imóveis, com 14,5%; veículos leves, com 13,5%; motocicletas, com 7,9%; e veículos pesados, com 7,2%.
A Ademicon, a maior administradora independente de consórcios do Brasil em termos de créditos ativos, também celebrou um novo recorde de vendas. No primeiro semestre deste ano, a empresa comercializou mais de R$ 8,145 bilhões em créditos, representando um crescimento de 42% em comparação com o ano anterior, que encerrou o mesmo período com R$ 5,750 bilhões.